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Brown segue Bush e prega novas sanções contra Irã
DA REDAÇÃO
A União Européia ameaçou
adotar novas sanções contra o
Irã, que resiste ao pacote de
compensações econômicas e
tecnológicas oferecido no fim
de semana pelo chefe da diplomacia do bloco, Javier Solana,
para abandonar seu programa
de enriquecimento de urânio.
As retaliações envolveriam
petróleo, gás e a indústria iraniana, segundo o premiê britânico Gordon Brown, líder da linha dura européia contra o Irã.
Brown anunciou ontem,
após encontro com o presidente americano George W. Bush,
o congelamento dos fundos da
maior instituição bancária do
Irã, o banco governamental
Melli. A terceira rodada de sanções contra o Irã, aprovada em
março pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, já
previa o monitoramento do
Melli -que, temendo um eventual bloqueio, retirou grande
parte de seus recursos de países
europeus.
"O Reino Unido conclamará
a Europa a adotar novas sanções -e a Europa concordará",
disse Brown aos jornalistas,
após o encontro com Bush. "A
ação começa hoje [ontem], em
uma nova fase de sanções ao
petróleo e gás", disse o premiê,
elevando o tom das ameaças.
Silêncio europeu
Apesar da retórica britânica,
a União Européia não anunciou
novas retaliações, cujo alcance
pode estar longe do consenso
sugerido por Brown. A porta-voz de Solana, Cristina Gallach,
disse ontem que os líderes do
bloco estão prontos para tomar
"uma decisão formal" contra o
Irã, mas evitou detalhes sobre
as possíveis sanções.
A Alemanha, que exporta
anualmente mais de US$ 5 bilhões ao Irã, permanece cautelosa e aguarda uma definição de
Teerã sobre a proposta de Solana. Um boicote ao setor energético fragilizaria a economia iraniana, porém a redução na
oferta pressionaria ainda mais
o preço do petróleo, que bate
recorde histórico.
O endurecimento com Teerã,
uma demanda antiga da Casa
Branca, é um dos objetivos do
tour de Bush pela Europa.
A adesão britânica estreita os
laços entre Londres e Washington, após as sucessivas reduções nas tropas britânicas no
Iraque. Ontem, Gordon Brown
prometeu a Bush manter por
enquanto os atuais 4.000 militares no país árabe e anunciou
o envio de mais 230 militares
ao Afeganistão.
Com agências internacionais
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