|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bush é mais popular e tem rejeição menor
RENATO FRANZINI
de Nova York
O vice-presidente Al Gore inicia
sua corrida para substituir Bill
Clinton no comando dos EUA com
uma grande desvantagem nas pesquisas para o seu mais provável
concorrente, o governador do Texas, George W. Bush.
Segundo pesquisa da revista
"Newsweek" divulgada nesta semana, o democrata Gore receberia
38% dos votos se a eleição fosse
hoje, contra 54% do republicano
Bush, numa hipotética disputa entre os dois. Os nomes ainda precisam ser definidos pelos partidos.
Num outro tipo de levantamento, feito pelo instituto Gallup, Gore
também está em desvantagem.
Indagados se votariam com certeza em Gore, 18% responderam
afirmativamente. Nesse quesito,
que mostra eleitores que dificilmente mudarão o voto, o vice-presidente não está tão atrás de Bush,
que tem 24% de votos "certos".
Sua grande desvantagem está na
quantidade de pessoas que disseram que "definitivamente" não
votariam em um dos candidatos, o
chamado percentual de rejeição.
Gore é rejeitado por 45% dos entrevistados. Bush, por apenas 27%.
Ou seja, o espaço para o crescimento da candidatura de Gore é
bem menor que o da de Bush.
Analistas ligados ao partido democrata dizem que isso não é problema, lembrando que o então vice-presidente George Bush (o pai
do governador do Texas) estava 17
pontos percentuais atrás do então
candidato democrata, Michael
Dukakis, seis meses antes da eleição de 88 e acabou sendo eleito.
"Acredito que, em vez de 18 meses, as pessoas vão começar a pensar em pesquisas 18 dias antes das
eleições", disse Gore ontem no
anúncio de sua pré-candidatura.
Mas a mesma pesquisa do Gallup
mostrou que os americanos consideram Bush Jr. mais preparado
que Gore para lidar com assuntos
de economia (55% a 35%) e política externa (53% a 36%).
A melhora na economia é considerada a grande realização da administração Clinton. Além de não
conseguir capitalizar os ganhos na
economia, Gore pode ser prejudicado pelos escândalos sexuais de
Clinton. Numa pesquisa Gallup no
fim de maio, 44% disseram acreditar que Gore "foi longe demais" em
sua defesa de Clinton durante o caso Monica Lewinsky.
Texto Anterior: EUA: Gore lança pré-candidatura e critica Clinton Próximo Texto: Papa na Polônia: João Paulo 2º reaparece em público e conduz missa Índice
|