São Paulo, sexta-feira, 17 de julho de 2009

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Protestos tomam estradas-chave, e porto é afetado

DA REDAÇÃO

Apoiadores de Manuel Zelaya bloquearam ontem rodovias-chave de Honduras, incluindo duas que levam à capital, Tegucigalpa, para reclamar a volta ao poder do presidente deposto em 28 de junho.
Sob a vista de soldados armados e da polícia, os manifestantes estacionaram fileiras de carros e caminhões nas entradas norte e sul de Tegucigalpa, onde o toque de recolher voltou a vigorar anteontem.
Também houve manifestações e bloqueio de rodovias nas regiões costeiras, em Comayagua (no centro do país), em Yoro (no norte) e em Copán (oeste) -nas vias que levam a Nicarágua, Guatemala e El Salvador.
"Esperamos que [as coisas] se resolvam no sábado. Ou vai haver uma greve geral e a descomposição do país", disse Rafael Alegría, um dos líderes da manifestação pró-Zelaya.
Para o sábado está prevista nova rodada de negociações entre representantes de Zelaya e de Roberto Micheletti, presidente interino, sob mediação do presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Óscar Arias. Também no sábado, Zelaya promete retornar ao país, após pedir que os manifestantes mantenham a "resistência".
O objetivo dos bloqueios -que devem continuar hoje- é sufocar o governo interino e os empresários que o apoiam. "Se for preciso, paralisaremos o país", disse uma manifestante.
O governo disse ontem que os postos alfandegários "operaram normalmente", mas, segundo agências internacionais, o bloqueio afetou a chegada de mercadorias a Puerto Cortéz, principal porto do país.
Em Las Manos, na fronteira Honduras-Nicarágua, cerca de 40 pessoas realizaram uma manifestação. O grupo reduzido só conseguiu fechar a passagem por cerca de três horas, segundo a mídia local, apesar da proposta inicial de bloquear a passagem por 48 horas. Não houve protestos em outros pontos da fronteira entre os dois países.
Em resposta, cerca de mil partidários do governo interino se reuniram ontem no centro da capital, vestidos de branco. Não houve relato de confrontos com partidários de Zelaya.


Com agências internacionais


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