São Paulo, sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Cúpula na Ásia critica ações unilaterais

Observador do evento, Irã tenta romper isolamento internacional e entrar na Organização de Cooperação de Xangai

China, Rússia e ex-membros da URSS querem intensificar os treinamentos militares conjuntos e fechar acordos para cooperação energética

DA REDAÇÃO

China, Rússia e ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central -Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão- abriram ontem o encontro da cúpula da OCS (Organização de Cooperação de Xangai). Vista como uma alternativa regional à hegemonia dos EUA na Otan, a cúpula conta com a participação do Irã, observador e candidato.
Em tom de campanha, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad afirmou que a OCS tem condições de lutar por "uma atitude justa e respeitosa com todos os povos" e que seu país quer cooperar com a organização.
O presidente disse que os planos de "uma grande potência" de instalar elementos de defesa antimísseis em "alguns lugares do mundo" são uma ameaça a grande parte da Ásia, numa referência indireta, pouco ao estilo Ahmadinejad, aos planos militares americanos no continente europeu.
Os EUA são um parceiro comercial importante de países da OCS, que tentam evitar a caracterização da organização como antiamericana. Fiel a este espírito, Ahmadinejad evitou mencionar diretamente o país, mesmo quando lamentou que "alguns Estados estejam habituados a posições de ameaça" quando o mundo precisa de "paz e estabilidade".
Formada em 2001 a partir do grupo dos "Cinco de Xangai", criado para a cooperação nas fronteiras dos Estados da antiga URSS, a OCS inclui hoje acordos em diversas áreas. Além da segurança -sobretudo combate ao terrorismo e separatismo-, tem como prioridade a cooperação econômica.

Reservas
Os países-membros, que abrigam ao menos um quinto do petróleo e gás natural mundiais e têm grandes reservas de urânio, devem anunciar acordos energéticos. A Rússia pretende também intensificar exercícios militares conjuntos no âmbito da OCS.
Além do Irã, são observadores do encontro o Paquistão, a Mongólia e a Índia.


Com agências internacionais e o "Financial Times"


Texto Anterior: Justiça dos EUA condena Padilla por terrorismo
Próximo Texto: Justiça ordena captura de homem da mala
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.