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ANÁLISE
Efeito sobre agricultura pode afundar economia combalida
DO "FINANCIAL TIMES"
A resposta demorada das
autoridades e da comunidade internacional às enchentes devastadoras no Paquistão faz lembrar o que ocorreu
após o Katrina, quando o governo do então presidente
americano, George W. Bush,
foi duramente questionado
por sua lenta reação.
Mas, se o furacão de 2005
destruiu a cidade de Nova Orleans, ele teve pouco impacto econômico sobre o resto
dos Estados Unidos.
Infelizmente, o caso das
enchentes no Paquistão deve
ser bem diferente.
A agricultura, que foi duramente afetada pela tragédia das últimas semanas, representa um quinto de todo o
PIB (Produto Interno Bruto)
paquistanês.
Mais do que isso, dois terços da população do país
asiático têm os seus empregos dependentes, de maneira direta ou indireta, do setor
agrícola.
EMPRÉSTIMOS
Numa economia com taxas de juro, inflação e desemprego na casa dos dois dígitos, os efeitos da enchente
sobre a exportação e o consumo interno podem se tornar
alarmantes.
Para evitar esse cenário,
será preciso muito dinheiro.
A dívida pública, que quase
quebrou o Paquistão no início desta década, hoje em dia
se tornou administrável, na
casa de metade do PIB.
Mas, a menos que o fluxo
de ajuda externa aumente
enormemente, a única saída
do presidente Asif Ali Zardari
para evitar que um terrível
desastre humanitário se expanda e afunde a economia
do país será a tomada de empréstimos internacionais, a
um alto custo.
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