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ONU vê risco de epidemias no Paquistão
Segundo organização, 3,5 milhões de crianças atingidas por enchentes estão expostas a doenças como cólera
Após duas semanas de inundações, revolta pelo atraso no envio de ajuda causa protestos em localidades afetadas
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A ONU alertou ontem que
3,5 milhões de crianças no
Paquistão correm o risco de
contrair doenças devido à
lentidão na ajuda às 20 milhões de pessoas afetadas
por inundações que atingem
o país há duas semanas.
As enchentes começaram
no norte montanhoso e se espalharam para Províncias do
sul e do oeste, como Sindh e
Baluquistão. Agora, perto de
um quinto do país está debaixo d'água, e cerca de 900 mil
pessoas estão desabrigadas.
Há riscos de contaminação
pelas hepatites A e E, pela febre tifoide e por doenças como cólera, diarreia e disenteria. A situação piora a cada
dia porque a chuva não cessa
-a previsão é que dure mais
quatro ou cinco dias- e
inundou até os campos que
abrigam os sobreviventes
das primeiras inundações.
Em visita ao país anteontem, o secretário-geral da
ONU, Ban Ki-moon, pediu rapidez no envio de ajuda. A organização pedira US$ 460
milhões, mas só um quarto
desse valor chegou ao país.
Em vilas em áreas montanhosas, a ajuda só pode ser
levada por meio de burros,
pois o mau tempo impede
voos de helicópteros ou o tráfego de veículos.
O governo tem sido criticado pela resposta dada ao desastre. O presidente Asif Ali
Zardari não cancelou viagem
para a Europa quando as enchentes já tinham começado.
Ontem, manifestantes bloquearam uma estrada em
Sukkur, Província de Sindh,
para pedir ajuda do governo.
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