São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

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ONU vê risco de epidemias no Paquistão

Segundo organização, 3,5 milhões de crianças atingidas por enchentes estão expostas a doenças como cólera

Após duas semanas de inundações, revolta pelo atraso no envio de ajuda causa protestos em localidades afetadas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ONU alertou ontem que 3,5 milhões de crianças no Paquistão correm o risco de contrair doenças devido à lentidão na ajuda às 20 milhões de pessoas afetadas por inundações que atingem o país há duas semanas.
As enchentes começaram no norte montanhoso e se espalharam para Províncias do sul e do oeste, como Sindh e Baluquistão. Agora, perto de um quinto do país está debaixo d'água, e cerca de 900 mil pessoas estão desabrigadas.
Há riscos de contaminação pelas hepatites A e E, pela febre tifoide e por doenças como cólera, diarreia e disenteria. A situação piora a cada dia porque a chuva não cessa -a previsão é que dure mais quatro ou cinco dias- e inundou até os campos que abrigam os sobreviventes das primeiras inundações.
Em visita ao país anteontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu rapidez no envio de ajuda. A organização pedira US$ 460 milhões, mas só um quarto desse valor chegou ao país.
Em vilas em áreas montanhosas, a ajuda só pode ser levada por meio de burros, pois o mau tempo impede voos de helicópteros ou o tráfego de veículos.
O governo tem sido criticado pela resposta dada ao desastre. O presidente Asif Ali Zardari não cancelou viagem para a Europa quando as enchentes já tinham começado.
Ontem, manifestantes bloquearam uma estrada em Sukkur, Província de Sindh, para pedir ajuda do governo.


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