São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

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Raio derruba Boeing no Caribe; 1 morre

Avião com 131 pessoas, das quais 5 brasileiras, foi atingido logo antes de pousar; 114 se feriram, 5 gravemente

"Saímos correndo, com muito medo do fogo. Nós achávamos que ia explodir", diz brasileira que viajava com marido

Exército colombiano/Efe
O avião se partiu em três pedação após tocar o solo

JEFFERSON PUFF
DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um avião com 131 pessoas foi atingido por um raio ao aterrissar na ilha caribenha de San Andrés, na Colômbia.
Ao menos 109 pessoas tiveram ferimentos leves -quatro delas brasileiras-, cinco se feriram gravemente e uma passageira de 73 anos morreu depois de uma parada cardíaca.
O Boeing-737/700, da empresa aérea colombiana Aires, partira de Bogotá à 0h07 da segunda e viajava sob uma tempestade. Foi atingido pelo raio a cerca de 80 metros da pista, o que o fez cair e se partir em três pedaços, segundo autoridades locais.
Sobrevivente do acidente, a brasileira Catherine Silva Lobo relatou por telefone à Folha que ela, o marido (Ramiro Alves Branco Lobo de Almeida) e outro casal de brasileiros (Tiago Cavalcanti e Caroline Gonçalves) fugiram correndo com medo de que o avião explodisse.
Segundo ela, o voo transcorria normalmente, apesar da chuva e dos relâmpagos.
"Pouco depois de o avião tocar a pista, vimos um forte clarão. O avião se partiu em três pedaços, e uma fenda abriu bem em frente à nossa poltrona", conta.
O marido a ajudou a soltar o cinto de segurança e a sair do aeronave. "Saímos correndo, com muito medo do fogo. Nós achávamos que ia explodir. Tudo começou a cair na minha cabeça", diz.
Catherine sofreu uma fissura no nariz, e o marido, cortes na cabeça. Ambos estão bem, num hotel na ilha.

SEM DOCUMENTOS
Tiago Cavalcanti e a mulher, Caroline Gonçalves, também foram atendidos com ferimentos leves. Ambos querem voltar ao Brasil o quanto antes.
"Minha mulher está grávida [quatro meses], estamos numa situação bem difícil. Nossos documentos ficaram no avião. A maior preocupação agora é conseguir novos documentos para voltar."
Caroline fazia exames no momento da entrevista. Médicos disseram à agência Efe que seu estado era estável, mas que ela ainda corria "algum grau de perigo".
Os dois estavam de férias na ilha, um ponto turístico no mar do Caribe.


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