São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Camareira do caso DSK foi estuprada, diz revista

Revelação da 'L'Express' é contestada por defesa

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

Um relatório médico obtido pela revista francesa "L'Express" diz que a camareira Nafissatou Diallo foi vítima de estupro. Diallo acusa o ex-diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional) Dominique Strauss-Kahn de tê-la estuprado, quando ela foi limpar seu quarto num hotel em Nova York. Ele nega.
O exame ao qual a revista diz ter tido acesso foi realizado em Nova York, em 14 de maio, dia em que ocorreu o suposto ataque. "Diagnóstico: agressão. Causa das lesões: estupro", aponta.
O documento diz ainda que ela tinha dores no ombro e que chorava ao contar sua versão do que ocorreu. Os advogados do francês dizem que o "uso de relatórios médicos para confirmar ou reforçar as acusações contra Strauss-Kahn é enganoso e fraudulento".
De acordo com eles, os documentos mostram que Diallo não teve nenhuma lesão provocada por uma relação não consensual. "As descrições físicas dos relatórios médicos não são de lesões. São uma condição compatível com várias outras causas, inclusive atividade sexual consentida dias antes do incidente", dizem.
Strauss-Kahn não nega ter tido relação sexual com a camareira, mas sim o estupro. Encarcerado logo após a denúncia, o ex-chefe do FMI foi liberado da prisão domiciliar quando surgiram na causa dúvidas sobre a credibilidade da suposta vítima.
Há indícios de elo entre ela e um traficante de drogas. Num diálogo telefônico entre os dois, ela teria dito que tiraria partido da denúncia.
Também ficou provado que a camareira mentiu para obter a permissão de viver nos EUA -ela é guineana. Diallo diz que pode ter cometido erros, mas que fala a verdade sobre o estupro.

LAGARDE
A sucessora de Dominique Strauss-Kahn na gerência do FMI, a igualmente francesa Christine Lagarde, também é alvo da Justiça. Uma investigação formal foi aberta contra ela ontem pela sua participação em um suposto favorecimento ao empresário Bernard Tapie, ex-dono da Adidas, em 2008, quando Lagarde era ministra das Finanças.
Lagarde, 55, nega as acusações. Caso seja condenada, pode pegar até dez anos de prisão e ter de pagar multa de 150 mil euros.


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