São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Rebeldes líbios se aproximam de Trípoli

Combatentes insurgentes anunciam tomada de cidade estratégica para o regime situada a apenas 50 km da capital

Regime de Muammar Gaddafi nega ter perdido controle sobre Zawiya e dispara míssil Scud no leste

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os rebeldes líbios que desde fevereiro tentam derrubar o regime de Muammar Gaddafi anunciaram ontem ter tomado o controle de Zawiya, deixando cada vez mais isolada a capital Trípoli.
A tomada de Zawiya, negada pelo governo líbio, coloca os combatentes insurgentes a apenas 50 km de Trípoli na frente oeste. Os combatentes insurgentes nunca estiveram tão próximos do bastião do regime.
Se confirmada, a queda de Zawiya, palco de sangrentos combates desde o início do levante, em fevereiro, seria um importante revés para Gaddafi, no poder desde 1969.
A cidade de 300 mil habitantes é um importante pólo petrolífero e fica a menos de 200 km da fronteira com a Tunísia, que vinha sendo usada como elo entre o território líbio ainda sob controle governista e o mundo externo.
Os rebeldes também relatam avanços rumo a Trípoli pelo sul. Após ultrapassar Surman e Gharyan, os opositores de Gaddafi chegaram a Sabrata.
Na frente leste, os rebeldes comemoraram a tomada de Tawarga, onde se apropriam de uma grande quantidade de armas abandonadas pelo Exército líbio.
"Recuperamos uma quantidade incrível de material e também baterias de lança-mísseis. Deixaram tudo antes de se retirar", disse à agência Efe Ramy el Misrata, membro do comando rebelde.
Mas os rebeldes que enfrentam as forças do regime em Brega, também no leste do país, foram alvo de um míssil Scud, segundo autoridades americanas que monitoram a região por radar e satélite em favor dos rebeldes. O míssil caiu no deserto sem causar danos.
Se confirmado, seria o primeiro disparo desse tipo de míssil, pouco preciso mas com alto poder de destruição. Apesar das dificuldades, o governo rebelde, que tem sede em Benghazi e é reconhecido por 30 países, estima que conseguirá derrotar o regime de Gaddafi até o final deste mês, o que coincidirá com o fim do Ramadã, o mês sagrado do calendário islâmico.


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