DA REDAÇÃO

Um sexto cidadão americano de origem iemenita foi acusado ontem de ter dado apoio logístico para a rede terrorista Al Qaeda. Mukhtar al Bakri, 22, preso no Bahrein na semana passada, chegou ontem aos EUA. Os outros cinco já estão detidos.
O grupo comporia uma célula terrorista baseada na cidade de Lackawanna, a cerca de 8 km de Buffalo (Nova York). Eles são suspeitos de terem sido treinados em um campo da Al Qaeda no Afeganistão em 2001, antes dos atentados de 11 de setembro. No local, teriam aprendido a utilizar armamentos.
Segundo Peter Ahearn, do FBI (polícia federal dos EUA), o grupo não teria ligação direta com os terroristas que cometeram os atentados.
"Ele [Bakri" não resistiu à prisão e está cooperando bem", afirmou o agente do FBI. A casa dele em Lackawanna, onde viveram também outros dois suspeitos, foi revistada. Foram encontrados dois revólveres. Ahearn afirmou ainda que não sabe até agora se eles estariam planejando um ataque contra os EUA.
Bakri chegou aos EUA quando tinha 15 anos.Segundo seu irmão mais velho (ele não quis se identificar), de 32 anos, Bakri foi preso no dia em iria se casar no Bahrein.

"Inocente"
Ele afirmou, na sua casa em Lackawanna, que seu irmão não é terrorista. "Ele é inocente", disse o irmão. "Eu cresci com ele. Ele foi ao Paquistão de férias. Isso não é um crime. Ou é crime sair do país?", disse. "Ele se formou na escola municipal de Lackawanna. Jogava futebol e hóquei. E agora afirmam que ele é terrorista", disse o irmão.
Segundo ele, sua casa também foi vasculhada pelo FBI.