São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 2005

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IRAQUE SOB TUTELA

Bush festeja vitória da "paz mundial"

Resultados iniciais indicam que nova Carta iraquiana foi aprovada

DA REDAÇÃO

Resultados iniciais da apuração do plebiscito realizado no sábado indicam que a nova Carta iraquiana foi aprovada. A apuração começou anteontem, logo após o fechamento das urnas. O projeto de Constituição tem forte apoio dos xiitas e dos curdos, mas sofre ferrenha oposição de grande parte dos sunitas, no poder durante a ditadura de Saddam Hussein.
O resultado final somente deve ser anunciado no meio desta semana. De acordo com as regras do plebiscito, o "não" vencerá caso tenha dois terços dos votos em três das 18 Províncias do país, mesmo com o apoio da maioria dos iraquianos.
Acuado pelos mais baixos índices de popularidade de seu governo, o presidente norte-americano, George W. Bush, comemorou o resultado do plebiscito iraquiano. "É um dia muito positivo para a população iraquiana e para a paz mundial", disse Bush a jornalistas, na Casa Branca. "As democracias são países pacíficos."
Apesar da morte de cinco soldados americanos, Bush também se disse contente com a relativa calma durante a votação.
Durante visita a Londres, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse ontem que a Carta provavelmente havia sido aprovada. A declaração irritou líderes sunitas iraquianos, que a acusaram de pressionar o governo a determinar o resultado a favor da Carta.
Como próximo passo do processo político do novo Iraque, o presidente Jalal Talabani emitiu ontem um decreto estabelecendo o dia 15 de dezembro para que os iraquianos voltem às urnas, desta vez para eleger um novo Parlamento. Se a nova Constituição realmente for aprovada, o parlamento dará posse ao novo governo no dia 31 de dezembro. Caso contrário, o parlamento será temporário e terá que redigir uma nova Constituição, que será submetida mais uma vez a plebiscito.


Com agências internacionais

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