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IRAQUE SOB TUTELA
Bush festeja vitória da "paz mundial"
Resultados iniciais indicam que nova Carta iraquiana foi aprovada
DA REDAÇÃO
Resultados iniciais da apuração
do plebiscito realizado no sábado
indicam que a nova Carta iraquiana foi aprovada. A apuração começou anteontem, logo após o fechamento das urnas. O projeto de
Constituição tem forte apoio dos
xiitas e dos curdos, mas sofre ferrenha oposição de grande parte
dos sunitas, no poder durante a
ditadura de Saddam Hussein.
O resultado final somente deve
ser anunciado no meio desta semana. De acordo com as regras
do plebiscito, o "não" vencerá caso tenha dois terços dos votos em
três das 18 Províncias do país,
mesmo com o apoio da maioria
dos iraquianos.
Acuado pelos mais baixos índices de popularidade de seu governo, o presidente norte-americano, George W. Bush, comemorou
o resultado do plebiscito iraquiano. "É um dia muito positivo para
a população iraquiana e para a
paz mundial", disse Bush a jornalistas, na Casa Branca. "As democracias são países pacíficos."
Apesar da morte de cinco soldados americanos, Bush também se
disse contente com a relativa calma durante a votação.
Durante visita a Londres, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, disse ontem que a
Carta provavelmente havia sido
aprovada. A declaração irritou líderes sunitas iraquianos, que a
acusaram de pressionar o governo a determinar o resultado a favor da Carta.
Como próximo passo do processo político do novo Iraque, o
presidente Jalal Talabani emitiu
ontem um decreto estabelecendo
o dia 15 de dezembro para que os
iraquianos voltem às urnas, desta
vez para eleger um novo Parlamento. Se a nova Constituição
realmente for aprovada, o parlamento dará posse ao novo governo no dia 31 de dezembro. Caso
contrário, o parlamento será temporário e terá que redigir uma nova Constituição, que será submetida mais uma vez a plebiscito.
Com agências internacionais
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