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São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Organizadores querem despertar o pacifismo

Milhões de cópias de acordo de paz alternativo são distribuídas em Israel

DA REDAÇÃO

A distribuição de milhões de cópias do "Acordo de Genebra" começou ontem em Israel. O objetivo é "despertar o adormecido campo da paz", nas palavras de Uri Zaki, porta-voz dos israelenses que participaram das negociações com palestinos para buscar uma saída ao impasse atual.
O texto do acordo não tem nenhum valor oficial e foi criticado duramente por autoridades israelenses. A ANP (Autoridade Nacional Palestina) vê com simpatia a proposta alternativa e até mesmo estuda utilizá-la como base para as negociações.
O acordo prevê uma série de concessões de ambos os lados. Os israelenses deveriam se retirar da faixa de Gaza e de quase toda a Cisjordânia -inclusive de Jerusalém Oriental. Os palestinos, por sua vez, deveriam abdicar do direito de retorno para o que hoje é Israel de cerca de 4 milhões de refugiados e descendentes.
O documento, de 47 páginas, será lançado oficialmente em 1º de dezembro. Participaram da negociação pelo lado israelense integrantes de partidos de esquerda, incluindo ex-ministros, e membros de grupos pacifistas. No lado palestino, os negociadores eram figuras moderadas. Países europeus e o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, em nome pessoal, deram apoio ao plano.
O novo premiê palestino, Ahmed Korei, disse que as negociações para um cessar-fogo dos grupos terroristas devem começar em breve, assim que um mediador egípcio chegar. O líder espiritual do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, disse que o grupo está disposto a se encontrar com Korei para negociar a trégua.
Em entrevista à revista "Newsweek", o premiê de Israel, Ariel Sharon, ao ser questionado sobre a possível trégua, disse: "Se o terror acabar, não haverá motivo para Israel manter os ataques seletivos [contra lideranças dos grupos terroristas]."
O papa João Paulo 2º criticou a barreira que o governo de Israel está erguendo para separar o seu território da Cisjordânia para impedir ações terroristas.


Com agências internacionais


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