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ORIENTE MÉDIO
Organizadores querem despertar o pacifismo
Milhões de cópias de acordo de paz alternativo são distribuídas em Israel
DA REDAÇÃO
A distribuição de milhões de
cópias do "Acordo de Genebra"
começou ontem em Israel. O objetivo é "despertar o adormecido
campo da paz", nas palavras de
Uri Zaki, porta-voz dos israelenses que participaram das negociações com palestinos para buscar
uma saída ao impasse atual.
O texto do acordo não tem nenhum valor oficial e foi criticado
duramente por autoridades israelenses. A ANP (Autoridade Nacional Palestina) vê com simpatia
a proposta alternativa e até mesmo estuda utilizá-la como base
para as negociações.
O acordo prevê uma série de
concessões de ambos os lados. Os
israelenses deveriam se retirar da
faixa de Gaza e de quase toda a
Cisjordânia -inclusive de Jerusalém Oriental. Os palestinos, por
sua vez, deveriam abdicar do direito de retorno para o que hoje é
Israel de cerca de 4 milhões de refugiados e descendentes.
O documento, de 47 páginas, será lançado oficialmente em 1º de
dezembro. Participaram da negociação pelo lado israelense integrantes de partidos de esquerda,
incluindo ex-ministros, e membros de grupos pacifistas. No lado
palestino, os negociadores eram
figuras moderadas. Países europeus e o secretário de Estado dos
EUA, Colin Powell, em nome pessoal, deram apoio ao plano.
O novo premiê palestino, Ahmed Korei, disse que as negociações para um cessar-fogo dos grupos terroristas devem começar
em breve, assim que um mediador egípcio chegar. O líder espiritual do Hamas, o xeque Ahmed
Yassin, disse que o grupo está disposto a se encontrar com Korei
para negociar a trégua.
Em entrevista à revista "Newsweek", o premiê de Israel, Ariel
Sharon, ao ser questionado sobre
a possível trégua, disse: "Se o terror acabar, não haverá motivo para Israel manter os ataques seletivos [contra lideranças dos grupos
terroristas]."
O papa João Paulo 2º criticou a
barreira que o governo de Israel
está erguendo para separar o seu
território da Cisjordânia para impedir ações terroristas.
Com agências internacionais
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