DA REDAÇÃO

A capital colombiana voltou a registrar um novo atentado terrorista anteontem à noite. Duas granadas jogadas quase simultaneamente em bares mataram uma pessoa e deixaram outras 73 feridas. A polícia, que prendeu um suspeito, acusou a guerrilha terrorista de esquerda Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mas também estaria investigando se o ataque teve motivação criminosa.
Os atentados ocorreram por volta das 22h30 em um bairro de classe média alta no norte da capital, onde há grande concentração de bares e restaurantes.
Dois homens jogaram uma granada em direção ao pub Bogotá Beer Company, que estava lotado. Quase ao mesmo tempo, outra granada foi lançada no bar vizinho Palos de Moguer. O pub era frequentado por estrangeiros, e há relatos de que três americanos e um alemão foram feridos.
Entre os feridos, a maioria jovens, 18 foram internados em estado grave. A mulher morta tinha cerca de 25 anos, mas ainda não havia sido identificada.
O suspeito preso, Arturo Montaño, 26, foi capturado por um segurança. O general Jorge Daniel Castro, comandante da polícia, disse ontem que tudo indica que ele pertence às Farc.
Segundo a polícia, ele chegou há poucos dias a Bogotá proveniente do Departamento de Huila (sul) e estava sendo seguido por agentes.
Até o fechamento desta edição, as Farc-que tradicionalmente emitem nota confirmando ou negando ações atribuídas a elas- não haviam se manifestado.
Neste ano, foram registrados cinco atentados terroristas em Bogotá. No mais violento, em fevereiro, 36 pessoas morreram após um carro-bomba explodir diante de um clube noturno, também na nobre região norte de Bogotá. Acusadas, as Farc negaram envolvimento.
Ao comentar o ataque, o presidente Álvaro Uribe disse: "Na Colômbia não há guerrilhas com ideais, mas uma mistura maldita de terrorismo e de droga que as alimenta".