São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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Prisões tiveram início após ações do 11 de Setembro

DE SÃO PAULO

A prisão mantida na base militar de Guantánamo (Cuba) pelos EUA foi aberta em janeiro de 2002 para abrigar os presos da "guerra ao terror", lançada pelo governo George W. Bush (2001-09) após o 11 de Setembro.
Durante os anos seguintes, centenas dos chamados "combatentes inimigos ilegais" -o termo para designar os suspeitos de terrorismo- capturados pelos EUA e aliados nos fronts de guerra ou em países aliados foram levados para o local.
Muitos foram mantidos no centro de detenção durante anos -mais de uma centena ainda o são- sem qualquer acusação formal ou mais do que vagas suspeitas de elos terroristas.
Não demoraram então a surgir denúncias sobre as supostas violações de direitos humanos e de tortura contra os presos na base.
Na semana passada, ao lançar sua autobiografia, o próprio ex-presidente Bush admitiu ter autorizado a técnica do "waterboarding", a simulação de afogamento considerada uma forma de tortura por seus críticos.
Os pelo menos 16 britânicos ou residentes no Reino Unido que firmaram acordo para receber milhões de libras alegam ter sido vítimas desses maus-tratos com a cumplicidade de Londres.
Alguns deles garantem também ter sido torturados "por procuração" do Reino Unido em "países-trânsito", como Paquistão e Marrocos, antes de suas transferências para Guantánamo.
Londres não admite ter sido cúmplice de tortura e alega que firmou o acordo para evitar uma longa e custosa batalha legal e preservar segredos cuja divulgação poderia colocar a segurança do país em risco.
Ao assumir, em janeiro de 2009, o presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantánamo em um ano, mas teve de recuar devido à complexidade dos desafios legais.


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