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SAIBA MAIS
Prisões tiveram início após ações do 11 de Setembro
DE SÃO PAULO
A prisão mantida na base
militar de Guantánamo (Cuba) pelos EUA foi aberta em
janeiro de 2002 para abrigar
os presos da "guerra ao terror", lançada pelo governo
George W. Bush (2001-09)
após o 11 de Setembro.
Durante os anos seguintes, centenas dos chamados
"combatentes inimigos ilegais" -o termo para designar os suspeitos de terrorismo- capturados pelos EUA
e aliados nos fronts de guerra ou em países aliados foram levados para o local.
Muitos foram mantidos
no centro de detenção durante anos -mais de uma
centena ainda o são- sem
qualquer acusação formal
ou mais do que vagas suspeitas de elos terroristas.
Não demoraram então a
surgir denúncias sobre as
supostas violações de direitos humanos e de tortura
contra os presos na base.
Na semana passada, ao
lançar sua autobiografia, o
próprio ex-presidente Bush
admitiu ter autorizado a técnica do "waterboarding", a
simulação de afogamento
considerada uma forma de
tortura por seus críticos.
Os pelo menos 16 britânicos ou residentes no Reino
Unido que firmaram acordo
para receber milhões de libras alegam ter sido vítimas
desses maus-tratos com a
cumplicidade de Londres.
Alguns deles garantem
também ter sido torturados
"por procuração" do Reino
Unido em "países-trânsito",
como Paquistão e Marrocos, antes de suas transferências para Guantánamo.
Londres não admite ter
sido cúmplice de tortura e
alega que firmou o acordo
para evitar uma longa e custosa batalha legal e preservar segredos cuja divulgação poderia colocar a segurança do país em risco.
Ao assumir, em janeiro
de 2009, o presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantánamo em um ano, mas teve de
recuar devido à complexidade dos desafios legais.
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