São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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FOCO

Por espaço, Xangai discute adotar lei do "cachorro único"

Reinhard Krause - 8.abr.2006/Reuters
Dezenas de cachorros são transportados em gaiolas colocadas em caminhão em periferia de Pequim, capital da China

DE SÃO PAULO

Trinta anos após a instituição da polêmica política do filho único na China, uma das maiores cidades do país debate instituir também a "política do cachorro único".
Segundo o estatal "China Daily", legisladores de Xangai estão considerando novas regras para permitir apenas um cachorro por residência devido ao limitado espaço na cidade muito povoada.
Xangai possui ao redor de 20 milhões de habitantes e estimados 800 mil cães, a maioria vivendo como mimados animais de estimação de novos-ricos, para quem seus amigos de quatro patas são um sinal de riqueza, para não falar de companheirismo.
O projeto de lei de Xangai, que cita ainda o alto número de ataques de cães -cerca de 100 mil por ano-, deve virar lei no ano que vem.
Os legisladores chegaram à conclusão de que regras mais rígidas eram necessárias devido a latidos incessantes, resíduos que não são recolhidos e o crescente risco de mais ataques.
Pelo texto, se um cachorro der cria, os donos devem doar todos os filhotes a donos adotivos elegíveis, ou mandá-los a agências de adoção credenciadas pelo governo até que eles tenham três meses de vida.

SEM PIONEIRISMO
Xangai não é a primeira cidade chinesa a pensar nisso. Antes, localidades como Guangzhou e Chengdu aprovaram legislações limitando a presença de um cachorro por casa em algumas áreas.
Por outro lado, as autoridades também estão considerando baixar o preço exorbitante do registro e da licença para cães.
Atualmente, os donos de cães pagam entre 1.000 yuan (R$ 260) e 2.000 yuan (R$ 520) por ano com licença e vacinas, dependendo da localidade em que vivem. Quanto mais perto do centro da cidade, maior o custo para manter um cachorro.
O projeto de lei pretende cortar o valor para a partir de 300 yuan (R$ 77), incluindo os custos de certificação, implantação de um chip de identificação e vacina contra raiva todos os anos.
O alto preço da taxa de licenciamento tem sido apontado como a principal razão para a maioria das pessoas de Xangai não registrarem seus cães.
Dos cerca de 800 mil cachorros domésticos em Xangai, apenas 25% são registrados e licenciados.


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