São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 2006

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Iraque "abre portas" para os oficiais de Saddam

Premiê Maliki diz que os integrantes do antigo Exército podem voltar à ativa

Forças Armadas foram desbaratadas logo depois da invasão, pelo primeiro administrador enviado pelos EUA a Bagdá


DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, anunciou ontem que o Exército "abriu suas portas" para todos os antigos oficiais do Exército de Saddam Hussein, derrubado na invasão americana de 2003. A convocação foi feita durante uma reunião de reconciliação nacional com políticos xiitas, sunitas e curdos (os três principais grupos do país).
Al-Maliki também acenou para antigos integrantes do partido de Saddam, o Baath, "que não tenham cometido crimes contra iraquianos". Ele defendeu a reconciliação como uma "rede de proteção contra a morte e a destruição".
O antigo Exército, de maioria sunita, foi desbaratado logo depois da invasão americana pelo primeiro administrador nomeado pela Casa Branca, Paul Bremer, que também promoveu a "desbaatização" de toda a estrutura administrativa iraquiana.
Agora, Maliki está sob pressão americana para reduzir a violência sectária entre os grupos iraquianos, da qual participam o próprio Exército, hoje de maioria xiita, milícias xiitas e grupos rebeldes sunitas.
Os nomes do participantes da reunião de reconciliação não foram divulgados, por questões de segurança. O governo assegurou que dela tomaram parte integrantes de grupos sunitas armados.
O presidente dos EUA, George W. Bush, deve anunciar no início de janeiro uma nova estratégia para o Iraque. Segundo o "New York Times" publicou na semana passada, a Casa Branca se inclina por inicialmente aumentar em cerca de 20 mil o número de soldados, hoje em cerca de 140 mil, antes de começar a redução dos seus efetivos no país. Ontem, ao menos 14 pessoas morreram em episódios violentos no Iraque.


Com agências internacionais

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