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ONU ordena saída de inspetores do Iraque
DE NOVA YORK
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, ordenou que todos os
funcionários da ONU deixem o
Iraque imediatamente, segundo
ele informou ontem ao Conselho
de Segurança da entidade.
Mais de 300 empregados da
ONU estão no Iraque, incluindo
135 inspetores de armas.
Além deles, estão lá também
monitores da produção de petróleo iraquiano e funcionários dos
programas humanitários, que serão suspensos a partir de agora.
A sugestão para a ONU retirar
seu pessoal foi dada pelo governo
americano, segundo relatou o diretor da Agência Internacional de
Energia Atômica, o egípcio Mohamed El Baradei, que pedira ao
CS para considerar o assunto. Antes mesmo de a reunião começar,
porém, Annan comunicou sua
decisão. Ele teria recebido um
apelo no mesmo sentido do embaixador dos EUA na entidade,
John Negroponte, em telefonema
na noite de domingo.
Ontem mesmo, segundo relatos
das agências internacionais em
Bagdá, os inspetores da ONU já
começaram a deixar os hotéis na
capital iraquiana. Um avião esperava no aeroporto local para retirar os inspetores.
Muitos países fecharam suas
embaixadas no Iraque -entre
eles China, Alemanha e Paquistão, membros do Conselho de Segurança da ONU, e alguns jornalistas também estão indo embora.
A Rússia disse a seus cidadãos para saírem do Iraque, e o governo
dos EUA recomendou aos americanos que deixem o Kuait, local
onde está estacionada boa parte
das tropas que deverão atacar o
território iraquiano.
Inspetores
Também colocados de lado
com o anúncio de ontem, o chefe
dos inspetor de armas da ONU, o
sueco Hans Blix, e El Baradei, da
Agência Internacional de Energia
Atômica, terão ainda que se apresentar ao Conselho de Segurança
nesta semana. Amanhã haverá
uma reunião entre os ministros
das Relações Exteriores dos países
que integram o Conselho de Segurança para decidir sobre os
próximos passos do programa de
inspeção de armas no Iraque.
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