São Paulo, quarta-feira, 18 de março de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CASO FRITZL

Austríaca relata horrores de 24 anos de cativeiro

DA REDAÇÃO

No segundo dia de seu julgamento, o austríaco Josef Fritzl assistiu ontem ao final do depoimento de 11 horas gravado por sua filha Elisabeth, no qual ela relata os 24 anos que passou presa no porão sem janelas de sua casa. Ela foi estuprada pelo pai e teve sete filhos com ele. Só ficou livre no ano passado.
A promotora Christiane Burkheiser comentou o "martírio inimaginável" de Elisabeth: "Com luzes apagadas, [sofria] estupro. Com luzes acesas, paredes mofadas. Luzes apagadas, estupro de novo".
Na versão de Elisabeth, hoje com 42 anos, o pai a convenceu a ir ao porão da família para ajudá-lo a consertar a porta, em 1984, e a prendeu. Nos primeiros anos, ele não falava com ela e só descia para estuprá-la, às vezes em frente aos filhos-netos.
O vídeo foi apresentado só a Fritzl, 73, e ao corpo de oito jurados, no tribunal em Sankt Pölten, a 69 km de Viena. O réu se declara culpado de praticar incesto e manter seus filhos em cárcere privado e "parcialmente culpado" de estupro, mas nega responsabilidade na morte de um dos filhos recém-nascidos. O veredicto deve sair amanhã, e a pena máxima é a prisão perpétua.
Fritzl, que passara o primeiro dia de julgamento cobrindo o rosto, ontem se deixou fotografar. "Ele está muito envergonhado", comentou seu advogado, Rudolf Mayer.

Com agências internacionais


Texto Anterior: Ilha rebelada: Opositor assume governo de Madagascar com apoio militar
Próximo Texto: Xadrez hemisférico: Chávez chama líderes da Alba antes de Cúpula das Américas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.