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Síria diz que
não permitirá
inspeções
DA REDAÇÃO
A Síria disse ontem que não
permitirá inspeções de armas em
seu território, mas que se unirá
aos esforços mundiais para livrar
o Oriente Médio de armas de destruição em massa. Os EUA acusam a Síria de desenvolver armas
de destruição em massa, o que
Damasco nega. Anteontem, a Síria pediu ao Conselho de Segurança da ONU para transformar a
região em "zona livre de armas
nucleares, biológicas e químicas".
"Após essa iniciativa, essa proposta síria [às Nações Unidas], a
Síria não permitirá nenhuma inspeção", disse ontem o chanceler
Farouq al Shara. "Nós só participaremos com nossos irmãos árabes e todos os países do mundo
para tornar o Oriente Médio uma
área livre de armas de destruição
em massa", afirmou Shara.
Ele não explicou se isso é uma
mudança em relação à posição
anterior de que a Síria somente
permitiria inspeções de armas se
elas fossem aplicadas a todos os
países da região, incluindo Israel,
país acusado de possuir armas
nucleares não declaradas.
Shara afirmou que, se o Conselho de Segurança não aprovar a
resolução proposta pela Síria,
ninguém terá o direito de questionar o que o país possui ou não
possui. A Síria não assinou nem
ratificou um tratado internacional de 1993, que bania as armas
químicas. Israel assinou o tratado,
mas nunca o ratificou.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, poderá viajar em
breve à Síria para se encontrar
com o presidente Bashar al Assad,
segundo um porta-voz. A visita
seria mais uma tentativa de reduzir a tensão provocada por ameaças de membros do governo americano na última semana à Síria, a
qual acusam de abrigar membros
do antigo regime de Saddam Hussein no Iraque e de tê-lo ajudado a
combater a invasão americana.
Shara disse que a visita de Powell seria "um gesto de boa vontade". "Acreditamos que o diálogo é
o melhor para os dois povos e serve aos interesses de paz e estabilidade no Oriente Médio", disse.
Com agências internacionais
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