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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Síria diz que não permitirá inspeções

DA REDAÇÃO

A Síria disse ontem que não permitirá inspeções de armas em seu território, mas que se unirá aos esforços mundiais para livrar o Oriente Médio de armas de destruição em massa. Os EUA acusam a Síria de desenvolver armas de destruição em massa, o que Damasco nega. Anteontem, a Síria pediu ao Conselho de Segurança da ONU para transformar a região em "zona livre de armas nucleares, biológicas e químicas".
"Após essa iniciativa, essa proposta síria [às Nações Unidas], a Síria não permitirá nenhuma inspeção", disse ontem o chanceler Farouq al Shara. "Nós só participaremos com nossos irmãos árabes e todos os países do mundo para tornar o Oriente Médio uma área livre de armas de destruição em massa", afirmou Shara.
Ele não explicou se isso é uma mudança em relação à posição anterior de que a Síria somente permitiria inspeções de armas se elas fossem aplicadas a todos os países da região, incluindo Israel, país acusado de possuir armas nucleares não declaradas.
Shara afirmou que, se o Conselho de Segurança não aprovar a resolução proposta pela Síria, ninguém terá o direito de questionar o que o país possui ou não possui. A Síria não assinou nem ratificou um tratado internacional de 1993, que bania as armas químicas. Israel assinou o tratado, mas nunca o ratificou.
O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, poderá viajar em breve à Síria para se encontrar com o presidente Bashar al Assad, segundo um porta-voz. A visita seria mais uma tentativa de reduzir a tensão provocada por ameaças de membros do governo americano na última semana à Síria, a qual acusam de abrigar membros do antigo regime de Saddam Hussein no Iraque e de tê-lo ajudado a combater a invasão americana.
Shara disse que a visita de Powell seria "um gesto de boa vontade". "Acreditamos que o diálogo é o melhor para os dois povos e serve aos interesses de paz e estabilidade no Oriente Médio", disse.


Com agências internacionais


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