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IGREJA
Em Los Angeles, procurador ameaça processar cardeal sob acusação de proteger padres pedófilos
Padre acusado de abuso sexual se mata nos EUA
DA REDAÇÃO
Um padre americano de 64
anos, que havia deixado seu posto
em abril após acusações de abuso
sexual contra jovens, se suicidou
ontem em um instituto psiquiátrico católico.
Esse foi o segundo caso de suicídio de um sacerdote nos EUA
desde que estourou o escândalo
sobre pedofilia que sacode a Igreja Católica no país.
O padre Alfred Bietighofer, responsável pela paróquia de Saint
Andrew, no Estado de Connecticut, havia renunciado em 29 de
abril, após um jornal local ter publicado declarações de quatro homens que o acusavam por abusos
há duas décadas, quando eram
menores de idade.
Após as acusações, Bietighofer
se internou num centro psiquiátrico católico perto de Washington, especializado em tratar padres com problemas psicológicos,
de depressão e de alcoolismo.
Em Los Angeles, o procurador-geral distrital advertiu o cardeal
Roger Mahony de que ele será
processado se não entregar à Justiça documentação por escrito sobre supostos casos de abuso sexual contra menores cometidos
por padres de sua arquidiocese.
"O que queremos é uma relação
completa da arquidiocese com toda a documentação sobre as acusações", disse o procurador-geral
Steve Cooley em uma carta publicada ontem.
A arquidiocese de Los Angeles
afirmou que cooperará com a Justiça. "A segurança e a proteção de
todas as nossas crianças é um objetivo que a arquidiocese compartilha com o procurador-geral e
com toda a Justiça. Procuramos
resolver qualquer mal-entendido
que possa existir entre as partes",
disse comunicado divulgado na
noite de anteontem.
O cardeal Mahony havia admitido anteontem ter mantido segredo sobre um caso de abuso sexual cometido por um padre local, que continuou a molestar
crianças por cerca de 14 anos.
Com agências internacionais
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