São Paulo, domingo, 18 de maio de 2008

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AFEGANISTÃO

Nova prisão indica plano dos EUA de longa presença militar

DO "NEW YORK TIMES"

O Pentágono está finalizando o projeto para a construção de um novo complexo penitenciário na área de sua principal base militar no Afeganistão, o que indica que os EUA pretendem manter nos próximos anos prisioneiros em territórios estrangeiros.
A nova prisão substituirá a existente na base de Bagram, ao norte de Cabul, que mantém 630 prisioneiros. Na base americana de Guantánamo, em Cuba, são hoje 270.
De início a administração Bush pretendia entregar a custódia dos prisioneiros ao governo afegão, financiando a construção de instalações que seriam operadas por funcionários locais.
Mas o plano foi abandonado em razão da convicção de que o governo afegão não poderia absorver novos prisioneiros, capturados na atual ofensiva contra extremistas.
Com a nova prisão, há o recuo no plano de se desfazer de todas as instalações semelhantes no exterior, nisso incluindo até o fechamento da que existe em Guantánamo.
Em Bagram já funciona um centro de interrogatórios para extremistas recém-capturados, com o emprego de métodos "duros", como a privação do sono e agressões físicas. Em dezembro de 2002 dois prisioneiros morreram sob a tortura.
Os métodos e as condições de alojamento desde então melhoraram, segundo o Pentágono, mas os presos ainda são mantidos em áreas cercadas de arame farpado, com sanitários insuficientes.
O núcleo da nova penitenciária será um hangar que armazena equipamento de manutenção deixado pelos soviéticos, quando eles ocuparam o país nos anos 80. As instalações, concebidas para 600 prisioneiros, custará US$ 60 milhões.
Embora o país tenha um tribunal especial para julgar terroristas presos em Bagram e Guantánamo, o Pentágono hesita em entregar à instituição aqueles considerados mais perigosos.


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