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AFEGANISTÃO
Nova prisão indica plano dos EUA de longa presença militar
DO "NEW YORK TIMES"
O Pentágono está finalizando o projeto para a construção de um novo complexo
penitenciário na área de sua
principal base militar no Afeganistão, o que indica que os
EUA pretendem manter nos
próximos anos prisioneiros
em territórios estrangeiros.
A nova prisão substituirá a
existente na base de Bagram,
ao norte de Cabul, que mantém 630 prisioneiros. Na base americana de Guantánamo, em Cuba, são hoje 270.
De início a administração
Bush pretendia entregar a
custódia dos prisioneiros ao
governo afegão, financiando
a construção de instalações
que seriam operadas por
funcionários locais.
Mas o plano foi abandonado em razão da convicção de
que o governo afegão não poderia absorver novos prisioneiros, capturados na atual
ofensiva contra extremistas.
Com a nova prisão, há o recuo no plano de se desfazer
de todas as instalações semelhantes no exterior, nisso incluindo até o fechamento da
que existe em Guantánamo.
Em Bagram já funciona
um centro de interrogatórios
para extremistas recém-capturados, com o emprego de
métodos "duros", como a
privação do sono e agressões
físicas. Em dezembro de
2002 dois prisioneiros morreram sob a tortura.
Os métodos e as condições
de alojamento desde então
melhoraram, segundo o Pentágono, mas os presos ainda
são mantidos em áreas cercadas de arame farpado, com
sanitários insuficientes.
O núcleo da nova penitenciária será um hangar que armazena equipamento de manutenção deixado pelos soviéticos, quando eles ocuparam o país nos anos 80. As
instalações, concebidas para
600 prisioneiros, custará
US$ 60 milhões.
Embora o país tenha um
tribunal especial para julgar
terroristas presos em Bagram e Guantánamo, o Pentágono hesita em entregar à
instituição aqueles considerados mais perigosos.
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