DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Milhares de manifestantes saíram ontem às ruas das principais cidades da Síria.
A onda de protestos contra o governo do ditador Bashar Assad, que começou em março, tem renovado forças às sexta-feiras, quando são organizadas mobilizações maciças após as rezas islâmicas no final da tarde.
Ativistas disseram que ao menos 16 pessoas foram mortas e centenas feridas. Forças de segurança atiraram em manifestantes em Homs. Há relatos de confrontos com a polícia na cidade de Deir al Zour, no leste.
Grandes atos de protesto também ocorreram na capital, Damasco, e em Deraa, Aleppo, Hama e Kiswa. Duas cidades no norte do país, perto de Jisr al Shughur, seguiam cercadas pelo Exército.
Desde o início dos protestos, cerca de 1.300 civis e 300 soldados foram mortos, segundo grupos de ativistas locais. Quase 10 mil refugiados sírios fugiram para a Turquia e outros 10 mil estavam abrigados na fronteira, que ontem foi visitada pela atriz Angelina Jolie -embaixadora do Acnur, a agência da ONU para refugiados.
Para amenizar os ânimos, o primo de Assad, Rami Makhlouf, anunciou que vai largar seus negócios e doar sua fortuna para caridade.
Makhlouf é um símbolo da corrupção no país. Assad prevê fazer discurso à nação no domingo. A família governa a Síria há 41 anos.


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