DO ENVIADO ESPECIAL

A viagem do papa a sua terra natal, a mais curta das nove realizadas durante o atual pontificado, possui um caráter particularmente nostálgico. Hoje, após celebrar uma missa no parque Blonia, o papa deve visitar o túmulo de seus pais, no cemitério Rakowice -fechado para a ocasião.
Quando celebrar a missa no santuário de Kalwaria Zebrzydowska (45 km de Cracóvia), amanhã, recordará as várias vezes em que costumava percorrer, com seu pai, a Via Crucis existente neste local de culto.
Segundo autoridades polonesas, o líder católico também requisitou um helicóptero ao governo para poder sobrevoar, hoje ou amanhã, antes de se dirigir ao aeroporto (segundo o cronograma oficial), dois marcos em sua vida: Wadowice, a cidade onde nasceu e onde permaneceu até os 18 anos, e as montanhas Tatra, que costumava escalar quando a saúde permitia, na época em que era um esportista dedicado.
A própria residência onde João Paulo 2º, 82, está hospedado -o palácio arcebispal- lhe traz recordações da época em que os nazistas ocupavam a Polônia. Foi ali que ele se refugiou em 1944, até o final da Segunda Guerra, em 1945.
Segundo o Centro de Pesquisas Públicas da Polônia, 86% da população acredita que esta seja a última viagem do papa. Embora a discussão sobre uma eventual renúncia seja controversa, poucos especialistas arriscam dizer que ele teria condições de visitar novamente sua terra natal, devido ao estado de saúde frágil. (PDF)


Texto Anterior: Para teólogo, papa sofre pressão no Vaticano para não renunciar
Próximo Texto: Polônia trata João Paulo 2º como santo
Índice