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Kirchner e vice divergem sobre anulação de leis
DE BUENOS AIRES
A anulação das leis de
anistia na Câmara dos Deputados na semana passada
vem provocando divergências dentro do governo argentino. O vice-presidente,
Daniel Scioli, criticou a decisão, contra a postura oficial
do presidente Néstor Kirchner, que defende o fim das
leis que impedem o julgamento de ex-repressores da
última ditadura (1976-1983).
A opinião de Scioli é que
nem a Câmara nem o Senado têm poder para anular as
leis. "Quem tem de decidir é
a Suprema Corte", disse.
No dia 12 de agosto, a Câmara aprovou um projeto
que anula as as leis de Ponto
Final e Obediência Devida,
sancionadas pelo ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-1989). As leis beneficiavam
ex-militares acusados de
violações aos direitos humanos durante a ditadura. O
projeto deve ser analisado
pelo Senado na próxima semana e depois ser analisado
pela Suprema Corte, que dará o parecer final sobre a
constitucionalidade das leis,
já declaradas inconstitucionais por tribunais inferiores.
Essa não foi a única farpa
entre Kirchner e o vice. Na
semana passada, Scioli disse
a empresários que o governo
aprovaria um reajuste das
tarifas dos serviços públicos
no máximo até novembro.
Foi desmentido e desautorizado pelo próprio Kirchner.
As tarifas dos serviços públicos estão congeladas desde
janeiro de 2002. O reajuste
também é tema das negociações com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
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