|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hesitação da França complica negociações
DA REDAÇÃO
Na reunião com o subsecretário-geral da ONU,
Mark Malloch, sobre o reforço da força de paz no sul
do Líbano, representantes
de vários governos pediram regras mais claras para a atuação dos até 13.000
novos soldados necessários, que se somariam aos
2.000 já presentes no país.
Segundo Malloch, 3.500
soldados precisam chegar
em até dez dias para garantir o cessar-fogo. "Cada
momento de atraso aumento o risco de reinício
dos confrontos [entre o Israel e o Hizbollah]", disse.
O país que liderou a hesitação foi a França, justamente o que deveria comandar a nova missão.
Antiga metrópole colonial
do Líbano e co-autora da
resolução de cessar-fogo
aprovada há uma semana
pelo Conselho de Segurança, a França anunciou
ontem o envio de apenas
400 soldados. A ONU esperava 3.000 franceses.
Ainda assim, os 400 soldados só foram anunciados depois de uma conversa telefônica entre o secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, e o presidente
francês, Jacques Chirac.
No início do dia, a França
dissera que só enviaria
200 homens. Para a ONU,
essa representação poderia desmobilizar os demais
participantes.
Medo do fracasso
A reticência francesa foi
provocada pelos temores
de como será a relação entre as forças de paz e as milícias do Hizbollah. Também tem a ver com o fracasso de missões anteriores -84 soldados franceses morreram na Bósnia
nos anos 1990, e outros 58
em um atentado em Beirute em 1983. O medo de
represálias de Irã e Síria,
aliados do Hizbollah, contribui para a hesitação.
De acordo com a resolução da ONU, o desarmamento do Hizbollah não
será feito pela força internacional, mas pelo Exército libanês. Há, porém, no
Líbano, um acordo tácito
para permitir que o grupo
xiita, que é também um
partido político e participa
com dois ministros do governo libanês, mantenha
suas armas, sem as portar.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Na conciliação à libanesa, quase tudo será como antes para o Hizbollah Próximo Texto: Juíza dos EUA decide que escuta telefônica é ilegal Índice
|