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IRAQUE
Grupo de Al Zarqawi declara lealdade a Bin Laden
Explosão de carro-bomba em café de Bagdá mata ao menos 7 pessoas
DA REDAÇÃO
Um carro-bomba atingiu ontem um café em Bagdá e matou ao
menos sete pessoas e feriu cerca
de 20 em uma área próxima a embaixadas. O alvo do atentado era a
polícia iraquiana, segundo os
EUA. Não havia informações sobre a nacionalidade das vítimas
até a conclusão desta edição.
Horas antes, disparo de morteiro lançou um obus contra um estádio de futebol onde estava sendo realizada coleta de armas em
Sadr City. A ação ocorreu pouco
antes de uma visita do premiê iraquiano, Ayad Allawi. A entrega de
armas faz parte de acordo do governo com os seguidores do clérigo xiita Moqtada al Sadr.
A ação matou dois membros da
Guarda Nacional Iraquiana.
Allawi acabou adiando a sua visita ao estádio em duas horas. Ele
se reuniu com seguidores de Al
Sadr para discutir o acordo.
Sadr City, assim coimo Fallujah,
é um bastião anti-EUA no Iraque.
Porém o governo iraquiano, com
o amparo das forças da coalizão,
busca uma saída pacífica para o
conflito nesse distrito de Bagdá.
Já Fallujah deve seguir como alvo da força multinacional -a cidade é acusada pelo governo iraquiano de abrigar terroristas estrangeiros, incluindo o jordaniano Abu Musab al Zarqawi.
Bombardeios americanos na cidade mataram sete pessoas, incluindo uma criança, segundo autoridades hospitalares da cidade,
localizada no Triângulo Sunita
-a região mais hostil aos EUA.
No sábado, nove policiais iraquianos foram mortos em emboscada quando retornavam por
terra de treinamento na Jordânia.
Lealdade a Bin Laden
O grupo Tawhid e Jihad, comandado por Al Zarqawi, declarou lealdade à rede Al Qaeda, liderada pelo saudita Osama bin Laden, em comunicado divulgado
em um site islâmico.
Segundo texto, Al Zarqawi e Bin
Laden estiveram em contato há
oito meses, "quando trocaram
pontos de vista", antes de o diálogo ser interrompido.
O Tawhid e Jihad reivindica dezenas de ataques contra forças da
coalizão liderada pelos EUA e
contra o governo interino iraquiano, além de ser responsável
por seqüestros seguidos de decapitação de estrangeiros.
Al Zarqawi é considerado o
principal inimigo americano em
liberdade no Iraque. Os EUA oferecem US$ 25 milhões por informações que levem à captura ou à
morte do jordaniano.
"Com o advento do Ramadã
[mês sagrado para os islâmicos] e
diante da necessidade dos muçulmanos em unificar as suas forças,
nós anunciamos que o grupo Tawhid e Jihad, seu líder e seus soldados declaram lealdade a Osama
bin Laden", diz o comunicado.
A veracidade do texto ainda não
foi comprovada. Mas o site no
qual foi divulgado costuma publicar declarações do grupo. As relações entre Al Zarqawi e Bin Laden
são objeto de especulação. Analistas dizem que o jordaniano se
considera um rival do saudita.
Com agências internacionais
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