São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Blair critica véus de muçulmanas

DA REDAÇÃO

O premiê britânico Tony Blair disse ontem que o véu usado por muitas muçulmanas no Reino Unido é um "símbolo de separação que faz pessoas de fora dessa comunidade se sentirem desconfortáveis".
Ele afirmou que não queria dizer que as muçulmanas fossem obrigadas a tirar o véu, mas que "precisamos encarar esse assunto, em como integrar as pessoas corretamente em nossa sociedade".
Sua declaração confirma a mudança na posição do governo, que já foi criticado por apoiar o multiculturalismo - responsabilizado pelo crescimento de "vidas paralelas", que não se integram à sociedade britânica.
O governo reforçou a idéia de "forçar" a integração, ao divulgar um alerta de que pode retirar o status filantrópico (e seus benefícios) de 114 escolas muçulmanas se elas não se esforçarem na integração com as comunidades vizinhas a elas.
O ministério da Educação anunciou que novas escolas religiosas podem ser obrigadas a permitir a matrícula de pelo menos 25% de crianças de outras orientações religiosas ou de famílias atéias. Alan Johnson, secretário de Educação, sugeriu que deve haver intercâmbio de professores entre as escolas religiosas para que as crianças possam receber conceitos de diferentes credos.
O ex-chanceler britânico Jack Straw declarou no início do mês que pedia a todas as mulheres muçulmanas com quem tinha reuniões que tirassem o véu, "como uma forma de melhorar a comunicação". Chamou o véu de "demonstração visível de divisão" da sociedade e criticou a cultura de guetos que crescia no país.


Com "The Independent"


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