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Influência dos EUA continua visível no país
DO ENVIADO A BAGDÁ
Embora os soldados americanos tenham se recolhido
às bases enquanto esperam o
prazo final para a retirada do
Iraque, no fim de 2011, a influência dos EUA continua
visível em Bagdá.
Helicópteros Blackhawk
sobrevoam a toda hora a cidade, sempre em dupla, às
vezes em rasante. O céu também tem vários zepelins cinzas, usados pelos serviços de
inteligência americanos. O
acesso à Zona Verde de Bagdá, área de maior segurança
onde estão concentradas as
embaixadas, é controlado
por uma empresa de segurança de Washington.
Apesar do acordo para que
os soldados americanos deixassem de patrulhar as ruas
iraquianas desde o final de
junho, a Folha viu jipes dos
EUA fora da Zona Verde em
duas ocasiões: na escolta de
uma comitiva de autoridades
iraquianas por Bagdá e num
comboio noturno para
transporte de caminhões
militares americanos.
Boa parte dos esforços do
governo iraquiano para reconstruir o país e garantir
sua segurança continua sendo feita com ajuda dos EUA,
desde o treinamento das forças de segurança locais até o
combate à droga, passando
pela revitalização do sistema
de saúde.
Embora o prazo final para
a saída seja 2011, o governo
do presidente Barack Obama
promete retirar dois terços
de suas tropas do Iraque até
agosto do ano que vem, como parte dos esforços de
mudar o foco da guerra de
combate ao terrorismo para
o Afeganistão, onde o Taleban vem ressurgindo e os esforços americanos arriscam
fracassar.
Enquanto esse dia não
chega, a rádio Freedom FM,
do Exército americano, emite em inglês boletins noticiosos e músicas com um forte
viés ufanista. A Folha ouviu
uma canção country cujo refrão dizia: "Alguns afirmam
que nosso país gosta de uma
boa briga. Pois eu digo que é
verdade. Será que você se esqueceu [do 11 de Setembro]?"
(SA)
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