São Paulo, domingo, 18 de outubro de 2009

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Influência dos EUA continua visível no país

DO ENVIADO A BAGDÁ

Embora os soldados americanos tenham se recolhido às bases enquanto esperam o prazo final para a retirada do Iraque, no fim de 2011, a influência dos EUA continua visível em Bagdá.
Helicópteros Blackhawk sobrevoam a toda hora a cidade, sempre em dupla, às vezes em rasante. O céu também tem vários zepelins cinzas, usados pelos serviços de inteligência americanos. O acesso à Zona Verde de Bagdá, área de maior segurança onde estão concentradas as embaixadas, é controlado por uma empresa de segurança de Washington.
Apesar do acordo para que os soldados americanos deixassem de patrulhar as ruas iraquianas desde o final de junho, a Folha viu jipes dos EUA fora da Zona Verde em duas ocasiões: na escolta de uma comitiva de autoridades iraquianas por Bagdá e num comboio noturno para transporte de caminhões militares americanos.
Boa parte dos esforços do governo iraquiano para reconstruir o país e garantir sua segurança continua sendo feita com ajuda dos EUA, desde o treinamento das forças de segurança locais até o combate à droga, passando pela revitalização do sistema de saúde.
Embora o prazo final para a saída seja 2011, o governo do presidente Barack Obama promete retirar dois terços de suas tropas do Iraque até agosto do ano que vem, como parte dos esforços de mudar o foco da guerra de combate ao terrorismo para o Afeganistão, onde o Taleban vem ressurgindo e os esforços americanos arriscam fracassar.
Enquanto esse dia não chega, a rádio Freedom FM, do Exército americano, emite em inglês boletins noticiosos e músicas com um forte viés ufanista. A Folha ouviu uma canção country cujo refrão dizia: "Alguns afirmam que nosso país gosta de uma boa briga. Pois eu digo que é verdade. Será que você se esqueceu [do 11 de Setembro]?" (SA)


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