São Paulo, Sábado, 18 de Dezembro de 1999


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ERROS DO PASSADO
O pregador Jan Hus foi morto na fogueira em 1415
Papa lamenta condenação pela igreja de reformista tcheco

das agências internacionais

O papa João Paulo 2º se disse arrependido da crueldade da Igreja Católica em queimar o reformista tcheco Jan Hus, morto na fogueira em 1415. Para o papa, o advento do Ano Santo de 2000, declarado pela igreja para comemorar o segundo milênio do cristianismo, constitui a época certa de reconhecer o erro.
"Hoje, na véspera do Grande Jubileu, sinto a necessidade de expressar meu profundo pesar pela morte cruel infligida a Jan Hus e pelos consequentes conflito e divisão que foram impostos às mentes e corações do povo da Boêmia", disse o papa.
Hus, um pregador da região tcheca da Boêmia, foi queimado no século 15 por desafiar a ordem constituída e a autoridade papal. Ele pregava, entre outras coisas, o regresso do clero a uma vida simples e casta.
"As feridas dos séculos passados devem ser curadas por uma nova atitude e completa renovação dos relacionamentos", completou. Para ele, as "pressões políticas e ideológicas às vezes obscurecem a história". As declarações foram dadas durante congresso internacional sobre Hus.
O presidente tcheco, Vaclav Havel, deve se encontrar hoje com o papa durante a cerimônia de acendimento da árvore de natal da basílica de São Pedro, no Vaticano. Quando Havel tornou-se presidente, em 93, o presidente do Parlamento tcheco comparou-o a Hus, dizendo que ele também era uma "pessoa que representava a harmonia da palavra e dos feitos".


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