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ERROS DO PASSADO
O pregador Jan Hus foi morto na fogueira em 1415
Papa lamenta condenação pela igreja de reformista tcheco
das agências internacionais
O papa João Paulo 2º se disse arrependido da crueldade da Igreja
Católica em queimar o reformista
tcheco Jan Hus, morto na fogueira em 1415. Para o papa, o advento
do Ano Santo de 2000, declarado
pela igreja para comemorar o segundo milênio do cristianismo,
constitui a época certa de reconhecer o erro.
"Hoje, na véspera do Grande Jubileu, sinto a necessidade de expressar meu profundo pesar pela
morte cruel infligida a Jan Hus e
pelos consequentes conflito e divisão que foram impostos às
mentes e corações do povo da
Boêmia", disse o papa.
Hus, um pregador da região
tcheca da Boêmia, foi queimado
no século 15 por desafiar a ordem
constituída e a autoridade papal.
Ele pregava, entre outras coisas, o
regresso do clero a uma vida simples e casta.
"As feridas dos séculos passados devem ser curadas por uma
nova atitude e completa renovação dos relacionamentos", completou. Para ele, as "pressões políticas e ideológicas às vezes obscurecem a história". As declarações
foram dadas durante congresso
internacional sobre Hus.
O presidente tcheco, Vaclav Havel, deve se encontrar hoje com o
papa durante a cerimônia de
acendimento da árvore de natal
da basílica de São Pedro, no Vaticano. Quando Havel tornou-se
presidente, em 93, o presidente do
Parlamento tcheco comparou-o a
Hus, dizendo que ele também era
uma "pessoa que representava a
harmonia da palavra e dos feitos".
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