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EUA e Reino Unido preparam nova resolução
DA REDAÇÃO
EUA e Reino Unido preparavam ontem nova resolução do
Conselho de Segurança (CS) da
ONU que abriria caminho para
um ataque ao Iraque. O texto, que
pode ser apresentado nesta semana, deve sofrer oposição de países
como França, China e Rússia.
"Estamos trabalhando com
nossos amigos e aliados para ver
se conseguimos obter uma segunda resolução", afirmou ontem o
presidente americano, George W.
Bush. Ele disse novamente que
Washington já tem autoridade
para agir se achar necessário.
Os planos americanos foram
objeto ontem de debate público
no CS, durante qual o embaixador iraquiano, Mohamed al Douri, disse que a cooperação de seu
país "não tem precedentes".
Bush argumenta, porém, que o
regime de Saddam Hussein tem
escondido suas armas de destruição em massa. Isso seria uma violação à resolução 1441, que determina a cooperação total de Bagdá
para o seu desarmamento e prevê
"sérias consequências". Americanos e britânicos estão em busca de
novo documento que, possivelmente, dê um ultimato a Saddam.
A sua tarefa, porém, ficou mais
difícil após a apresentação do chefe dos inspetores de armas, o sueco Hans Blix, ao CS na sexta passada. Blix admitiu que o Iraque
possui mísseis proibidos e que
Bagdá poderia cooperar mais.
Mas disse ainda não ter encontrado armas de destruição em massa
e afirmou que os inspetores têm
agido com eficiência e liberdade.
As palavras de Blix fortalecem
os argumentos dos países que pedem mais tempo para o trabalho
dos inspetores. Para aprovar uma
resolução, são necessários os votos de 9 dos 15 integrantes do CS,
contanto que nenhum membro
permanente (EUA, Reino Unido,
China, França e Rússia) vete.
O premiê da França, Jean-Pierre
Raffarin, disse ontem que tenta
convencer o CS a barrar uma nova resolução: "O veto é um elemento estratégico da independência francesa. Mas estamos
buscando uma maioria".
Com agências internacionais
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