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São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003

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EUA e Reino Unido preparam nova resolução

DA REDAÇÃO

EUA e Reino Unido preparavam ontem nova resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU que abriria caminho para um ataque ao Iraque. O texto, que pode ser apresentado nesta semana, deve sofrer oposição de países como França, China e Rússia.
"Estamos trabalhando com nossos amigos e aliados para ver se conseguimos obter uma segunda resolução", afirmou ontem o presidente americano, George W. Bush. Ele disse novamente que Washington já tem autoridade para agir se achar necessário.
Os planos americanos foram objeto ontem de debate público no CS, durante qual o embaixador iraquiano, Mohamed al Douri, disse que a cooperação de seu país "não tem precedentes".
Bush argumenta, porém, que o regime de Saddam Hussein tem escondido suas armas de destruição em massa. Isso seria uma violação à resolução 1441, que determina a cooperação total de Bagdá para o seu desarmamento e prevê "sérias consequências". Americanos e britânicos estão em busca de novo documento que, possivelmente, dê um ultimato a Saddam.
A sua tarefa, porém, ficou mais difícil após a apresentação do chefe dos inspetores de armas, o sueco Hans Blix, ao CS na sexta passada. Blix admitiu que o Iraque possui mísseis proibidos e que Bagdá poderia cooperar mais. Mas disse ainda não ter encontrado armas de destruição em massa e afirmou que os inspetores têm agido com eficiência e liberdade.
As palavras de Blix fortalecem os argumentos dos países que pedem mais tempo para o trabalho dos inspetores. Para aprovar uma resolução, são necessários os votos de 9 dos 15 integrantes do CS, contanto que nenhum membro permanente (EUA, Reino Unido, China, França e Rússia) vete.
O premiê da França, Jean-Pierre Raffarin, disse ontem que tenta convencer o CS a barrar uma nova resolução: "O veto é um elemento estratégico da independência francesa. Mas estamos buscando uma maioria".


Com agências internacionais


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