São Paulo, terça-feira, 19 de fevereiro de 2008 |
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entrevista Política dita o direito, diz especialista DE GENEBRA
Em 1999, uma resolução
ambígua das Nações Unidas estabeleceu os termos
da separação de Kosovo da
Sérvia. Quase dez anos depois, a comunidade internacional se divide em torno de sua interpretação,
mas a independência do
território é irreversível,
diz Pál Dunay, especialista
em direito internacional
do Centro de Genebra de
Política de Segurança.
FOLHA - Por que há tanta divisão em torno do direito de Kosovo à independência? PÁL DUNAY - A resolução 1.244 da ONU [aprovada em 1999, após o fim da guerra], tem um grande problema: de um lado, fala sobre a integridade territorial da Sérvia; de outro, diz que a presença internacional em Kosovo se destina a determinar o futuro status da região. São dois princípios contraditórios, estabelecidos por conveniência política. Mas há outros princípios que esclarecem a situação. O primeiro é o da autodeterminação, que dá aos albaneses, mais de 90% da população, o direito à independência. O segundo é o reconhecimento internacional, que irá se ampliar. FOLHA - Não é um precedente perigoso, como alertam a
Sérvia e a Rússia?
FOLHA - Como assim?
FOLHA - Como serão os primeiros passos desse Estado?
FOLHA - Sem capacidade administrativa e com a comunidade internacional dividida sobre sua legitimidade, o caminho parece árduo.
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