São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

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Cargo de "enviado para as Américas" perde a força

DE WASHINGTON

Na véspera de completar um mês no cargo, Barack Obama ainda não anunciou os novos titulares de quatro dos cargos mais importantes de seu governo em relação à América Latina. Desses, um ainda não foi criado oficialmente, outro continua vago e dois seguem com os nomes do governo Bush.
O primeiro é o "enviado especial às Américas", cargo que prometeu criar para ter um funcionário em nível de ministério lidando com a região -alguém que, em suas palavras, falaria direto ao seu ouvido.
No entanto, com a recepção morna dos diplomatas da região, que temem haver ruído na hierarquia, a ideia perdeu força na Casa Branca, embora não tenha sido ainda descartada.
O segundo é o responsável pela região no Conselho de Segurança Nacional (NSC). A função tem sido exercida informalmente por Denis McDonough, diretor de comunicação estratégica. Especula-se que venha a ficar com Dan Restrepo, hoje diretor do centro de estudos Center for American Progress.
Os demais são o secretário-assistente para o Hemisfério Ocidental, o número 1 do Departamento do Estado para a região, atualmente Thomas Shannon, e o embaixador dos EUA no Brasil, posto estratégico pelo peso do país na região, hoje com Clifford Sobel.
Shannon não esconde o desejo de ir para o Brasil, mas cresce o lobby argentino para que ele vá para Buenos Aires. A avaliação é que sua chegada elevaria o perfil da Argentina na nova Casa Branca, após oito anos de relação tumultuada com Bush.
Para sua sucessão na Chancelaria lidera as apostas Arturo Valenzuela, acadêmico de origem chilena que exerceu cargos semelhantes sob Bill Clinton (1993-2001). Outros cotados para o NSC e o Estado são Nelson Cunningham, do escritório de estratégia McLarty, e Fulton Armstrong, ex-CIA. Os nomes devem sair perto do 5º Encontro das Américas, em abril, em Trinidad e Tobago. (SD)


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