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Cargo de "enviado para as Américas" perde a força
DE WASHINGTON
Na véspera de completar um
mês no cargo, Barack Obama
ainda não anunciou os novos titulares de quatro dos cargos
mais importantes de seu governo em relação à América Latina. Desses, um ainda não foi
criado oficialmente, outro continua vago e dois seguem com
os nomes do governo Bush.
O primeiro é o "enviado especial às Américas", cargo que
prometeu criar para ter um
funcionário em nível de ministério lidando com a região -alguém que, em suas palavras, falaria direto ao seu ouvido.
No entanto, com a recepção
morna dos diplomatas da região, que temem haver ruído na
hierarquia, a ideia perdeu força
na Casa Branca, embora não tenha sido ainda descartada.
O segundo é o responsável
pela região no Conselho de Segurança Nacional (NSC). A função tem sido exercida informalmente por Denis McDonough,
diretor de comunicação estratégica. Especula-se que venha a
ficar com Dan Restrepo, hoje
diretor do centro de estudos
Center for American Progress.
Os demais são o secretário-assistente para o Hemisfério
Ocidental, o número 1 do Departamento do Estado para a
região, atualmente Thomas
Shannon, e o embaixador dos
EUA no Brasil, posto estratégico pelo peso do país na região,
hoje com Clifford Sobel.
Shannon não esconde o desejo de ir para o Brasil, mas cresce
o lobby argentino para que ele
vá para Buenos Aires. A avaliação é que sua chegada elevaria o
perfil da Argentina na nova Casa Branca, após oito anos de relação tumultuada com Bush.
Para sua sucessão na Chancelaria lidera as apostas Arturo
Valenzuela, acadêmico de origem chilena que exerceu cargos
semelhantes sob Bill Clinton
(1993-2001). Outros cotados
para o NSC e o Estado são Nelson Cunningham, do escritório
de estratégia McLarty, e Fulton
Armstrong, ex-CIA. Os nomes
devem sair perto do 5º Encontro das Américas, em abril, em
Trinidad e Tobago.
(SD)
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