São Paulo, sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

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Premiê diz que Reino Unido está preparado para defender Malvinas

Argentina quer discutir na ONU soberania sobre ilhas, alvo de empresa petrolífera

DA REDAÇÃO

Em meio ao recrudescimento das tensões entre Argentina e Reino Unido acerca das ilhas Malvinas, o premiê britânico, Gordon Brown, defendeu o direito de empresas do país de prospectar petróleo na região -motivo do recente atrito- e disse que Londres está preparada para defender o arquipélago disputado pelos dois países.
"Está perfeitamente dentro dos nossos direitos realizar isso [prospectar petróleo]. Eu acho que na realidade os argentinos entendem isso", disse o premiê britânico a uma rádio do país.
Questionado sobre informação, veiculada ontem pelo jornal "The Sun", de que o Reino Unido já teria enviado dois navios de guerra para a região -fato negado pelo Ministério da Defesa-, Brown disse: "Fizemos os preparativos para garantir que os residentes das Falklands [nome britânico das ilhas] estejam protegidos adequadamente".
O premiê acrescentou ter convicção de que as divergências entre Londres e Buenos Aires sobre a exploração de petróleo na região serão resolvidas. "O diálogo prevalecerá."
Londres rejeita a validade do decreto argentino, anunciado na terça, que restringe a navegação rumo às Malvinas -circundadas por águas argentinas.
Neste mês, a Argentina expressou "o mais enérgico protesto" pela perspectiva da exploração petrolífera no local.
Também ontem, o embaixador argentino na ONU, Jorge Argüello, disse que na reunião marcada para a quarta entre o chanceler Jorge Taiana e o secretário-geral Ban Ki-moon será pedida a abertura, pela organização, de negociações sobre a soberania das ilhas Malvinas.
Segundo Argüello, essa é a "questão de fundo" envolvendo a disputa entre os países -que motivou uma guerra em 1982, nos estertores da última ditadura argentina-, cujo debate é, diz, evitado pelo Reino Unido.
O diplomata argentino criticou ainda o "fantasma bélico" a que diz recorrerem os britânicos e qualificou de "imprudentes" as declarações de Brown.

Com agências internacionais

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