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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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Putin critica ação, mas quer diálogo com EUA

DA REDAÇÃO

O presidente russo, Vladimir Putin, disse a seu colega americano, George W. Bush, não concordar com o ultimato ao ditador iraquiano, Saddam Hussein, mas defendeu a manutenção das boas relações entre EUA e Rússia.
Segundo o Kremlin (sede do poder russo), em conversa pelo telefone os líderes ressaltaram a importância de "manter os contatos bilaterais nessas situações de crise apesar das diferenças".
O chanceler russo, Igor Ivanov, disse esperar "que, se os EUA derem início a uma guerra contra o Iraque, a questão retorne ao Conselho de Segurança da ONU o mais rápido possível". "Precisamos trazer essa situação de volta para um contexto de legalidade porque apenas o conselho tem o direito de decidir sobre essas questões", afirmou.
Ivanov foi duro sobre as possíveis consequências de um ataque sem aval da ONU: "Infelizmente, devido à vultosa ameaça de guerra contra o Iraque, a unidade da coalizão internacional contra o terrorismo está sob risco".
A Rússia apoiou a coalizão contra o terrorismo liderada pelos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001. O país não criou obstáculos, por exemplo, à campanha americana para derrubar o Taleban, milícia extremista islâmica que controlava o Afeganistão e possuía estreitos laços com a rede terrorista Al Qaeda.
Mas aliou-se à França e à China na proposta de dar seguimento às inspeções de armas no Iraque, com base na resolução 1441, aprovada por unanimidade em novembro passado pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU.


Com agências internacionais


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