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São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2003

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Discurso de Bush gera tensão e desesperança

DO ENVIADO ESPECIAL A AMÃ

Tensão, semblantes lívidos e desesperança. Nem bem o presidente dos EUA, George W. Bush, terminava seu pronunciamento anteontem à noite, e a guerra iminente virou o assunto principal de Londres e Tel Aviv, cidades percorridas pela reportagem da Folha no caminho para Amã. Na capital britânica, em pubs, pontos de táxi, bancas e aeroportos, pessoas paravam em grupos em qualquer lugar que houvesse uma TV ou um rádio ligados.
A pergunta: quando e como iria começar a invasão ao Iraque.
"É incrível como, dez anos depois, estamos às portas da mesma guerra estúpida", disse Michael Marks, especialista em segurança. Segundo pesquisas de opinião recentes, a maioria dos britânicos é contra a guerra sem aval da ONU.
Nas filas de embarque do aeroporto internacional de Heathrow, passageiros preocupados recebiam um comunicado oficial em que as viagens para o Oriente Médio eram desencorajadas. "Há um risco de ataque do Iraque a Israel nos próximos momentos. Esse ataque pode envolver armas químicas e biológicas", dizia o texto.
Foi o suficiente para que o clima nos aviões que iam para um dos países daquela área fosse mais solene e sério do que o habitual.
No aeroporto Ben Gurion, em Israel, os alto-falantes instavam a população a fazer estoque de alimento e remédios. Nas duas horas em que esperavam pelo próximo trecho da viagem, os repórteres da Folha foram abordados e revistados pelo menos oito vezes pelos policiais à paisana. (SD)


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