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CONTRA A GUERRA
Grupos organizam manifestações para o início do conflito nos EUA, no Reino Unido, na Itália e no Brasil
Pacifistas marcam atos para o 1º dia
MARIA BRANT
DA REDAÇÃO
Grupos pacifistas em diversos
países estão organizando protestos para o dia em que os EUA e
seus aliados iniciarem uma guerra contra o Iraque -provavelmente ainda nesta semana.
A aliança de organizações pacifistas britânicas Stop the War
Coalition está pedindo aos londrinos que, quando a guerra começar, eles parem o que estejam fazendo em casa, no trabalho ou na
escola e se dirijam à praça do Parlamento, na capital britânica, onde uma manifestação deve começar às 18h (horário local).
O grupo, que organizou a marcha que levou 750 mil pessoas às
ruas de Londres em 15 de fevereiro, também marcou um protesto
para o próximo sábado na cidade.
Nos EUA, a United for Peace
and Justice, que reúne e divulga
iniciativas de grupos pacifistas em
todo o país, registra três convocações só em Nova York: grupos estão organizando protestos simultâneos às 17h na Times Square e
no Ponto Zero, além de uma vigília diante da sede da ONU às 18h.
O site da organização também
registra planos de manifestações
em dezenas de outras cidades
americanas. Uma grande marcha
está marcada para o próximo sábado em Nova York.
O grupo Veterans for Peace, de
veteranos de guerra americanos,
planeja três dias de atos contra a
guerra, a partir do sábado, em
Washington. A organização também está convocando protestos
em San Francisco para o dia em
que a guerra começar.
Na Itália, os três maiores sindicatos e a maior organização estudantil do país anunciaram ontem
que estão se preparando para
uma greve geral no dia em que o
Iraque for atacado.
O Comitato Fermiamo la Guerra, que reúne grupos pacifistas
italianos, também convocou uma
vigília diante da Embaixada dos
EUA em Roma. Na região italiana
do Piemonte, o sindicato dos metalúrgicos pede que todos pendurem bandeiras brancas em suas
janelas no dia em que for realizado um ataque a Bagdá.
Protestos também foram convocados para o primeiro sábado
após o início da guerra nas bases
militares italianas de Aviano e Sigonella, que estão sendo utilizadas pelos EUA.
O governo da Indonésia, país
com a maior população muçulmana do mundo, afirmou ontem
que tomaria medidas adicionais
de segurança nesta semana, especialmente após as preces de sexta-feira, por temer que os protestos
maciços contra a guerra que prevê se tornem violentos.
Em São Paulo, o Comitê contra
a Guerra ao Iraque, que organizou as manifestações de 15 de fevereiro e 15 de março na capital
paulista, promoverá atos contra a
guerra a partir de hoje. Na sexta-feira, uma marcha deve partir às
11h do Masp (av. Paulista, 1.578)
em direção ao Consulado dos
EUA (r. Padre João Manoel, 933).
Com agências internacionais
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