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ORIENTE MÉDIO
Parlamento palestino cria cargo de premiê
DA REDAÇÃO
O Parlamento palestino ratificou ontem a criação do cargo de
primeiro-ministro, reduzindo os
poderes do presidente da ANP
(Autoridade Nacional Palestina),
Iasser Arafat. A aprovação foi
conseguida por quase unanimidade dos parlamentares: 69 votos
a favor e 1 contra.
A criação do cargo faz parte de
uma reforma na ANP, exigida pelos EUA e por Israel para a retomada das negociações de paz.
Arafat não é considerado confiável pelos americanos e israelenses
por ter fracassado no combate ao
terrorismo.
Porém os EUA afirmaram que a
aprovação é positiva, mas estavam reticentes com a decisão de
Arafat continuar com o controle
sobre a segurança e sobre as negociações de paz, o que não alteraria
muito cenário atual.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, disse que os americanos prefeririam que essas atribuições ficassem nas mãos do futuro primeiro-ministro.
"Nossa principal frustração em
relação a Arafat se dá na área de
segurança, que continuará sob o
controle dele", disse Powell.
Israel não se manifestou sobre a
aprovação do cargo de premiê no
Parlamento palestino.
O nome mais forte para se tornar primeiro-ministro é o de
Mahmoud Abbas, mais conhecido como Abu Mazen, uma das lideranças históricas dos palestinos. Moderado, ele é bem-visto
pelos EUA e por Israel.
Analistas afirmam que a posição dos EUA de condicionar a retomada das negociações a uma
reforma na ANP é um modo de
reduzir as críticas no mundo árabe ao provável ataque ao Iraque.
Com agências internacionais
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