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IRAQUE SOB TUTELA
Presidente reconhece problemas, mas diz que há progressos
É preciso resistir à "tentação da retirada", apela Bush
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, pediu ontem aos americanos, cada dia mais impacientes
com os reveses no Iraque, que resistam à "tentação da retirada",
mesmo reconhecendo os problemas e a perspectiva de mais banho de sangue.
Às vésperas do terceiro aniversário do início da Guerra do Iraque, Bush insistiu que, a despeito
das "horríveis" imagens do Iraque, houve progressos políticos e
econômicos. Ele acrescentou que
seu governo está "consertando
aquilo que não funciona".
Já os britânicos, principais parceiros dos EUA no Iraque, estão
menos otimistas. O ministro da
Defesa do Reino Unido, John
Reid, disse ontem que a demora
em formar um governo iraquiano
está criando um perigoso vácuo
de poder. "E os terroristas adoram um vácuo", afirmou.
Além disso, para Reid, os iraquianos ainda não estão prontos
para assumir o comando total da
segurança em nenhuma das 18
Províncias do país.
Fontes políticas citadas pela
agência de notícias Reuters, no
entanto, disseram esperar que haja um acordo nos próximos dias,
uma vez que a poderosa Aliança
Xiita aparenta mais disposição de
aceitar um nome alternativo ao de
Ibrahim al Jaafari para o cargo de
premiê. Árabes sunitas e curdos
dizem que Jaafari nada fez enquanto ocupou o cargo interinamente e querem outro premiê.
Em Londres, cerca de 14 mil
pessoas protestaram ontem exigindo a retirada e lembrando os
três anos do confronto. Alguns
carregavam cartazes com a foto
de Bush e a frase "terrorista número um do mundo". Houve manifestações também em Tóquio
(Japão), Estocolmo (Suécia),
Sydney (Austrália), Istambul
(Turquia), Karachi (Paquistão) e
Nicósia (Chipre).
Ontem foi o terceiro dia da
grande operação conjunta entre
EUA e Iraque contra a insurgência sunita. Dois soldados americanos e dois supostos insurgentes
foram mortos. Desde o início da
ação, cerca de 80 suspeitos foram
detidos, entre os quais os acusados pelo assassinato de um jornalista da TV Al Arabiya. "Esta é
uma operação para alcançar objetivos militares, e não um exercício
de relações públicas", disse o coronel americano Edward Loomis.
Com agências internacionais
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