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Militante virou escritor e se dizia inocente
DA REDAÇÃO
Um dos chefes da organização extremista Proletários
Armados pelo Comunismo
(PAC), Cesare Battisti foi
condenado à prisão perpétua
na Itália em 1993, por sua
participação em quatro assassinatos, entre 1978 e 1979.
O PAC atacou uma fábrica
da Alfa Romeo, em Milão,
além de matar policiais e carcereiros em outras ações.
Detido em junho de 1979,
Battisti escapou da prisão
em 1981 e passou oito anos
na clandestinidade no México. Até que se instalou em
Paris, em 1990, onde trabalhou como porteiro de um
edifício e escreveu romances
policiais.
O então presidente francês, o socialista François Miterrand, manteve uma política de não extraditar ativistas
políticos desde que renunciassem às armas e não tivessem cometido "delitos de
sangue". Quando a Justiça
francesa aceitou extraditá-lo, em 2004, ele sumiu, em
agosto daquele ano. Acredita-se que pouco depois tenha
fugido para o Brasil.
Battisti reiterou sua inocência em um livro publicado no ano passado na França.
"Sou culpado de ter participado de um grupo armado e
de ter portado armas. Mas
nunca atirei em ninguém",
escreveu em "Ma Cavale"
(minha fuga), livro que tem
apresentação escrita pelo filósofo Bernard-Henri Levy.
A França se orgulhava de
asilar refugiados políticos.
Muitos franceses acreditavam que os militantes italianos não receberiam julgamento justo em seu país.
Mas a política de Miterrand gerou críticas de que o
país não combatia o terrorismo devidamente.
Aos poucos, o país ajustou
sua política para atender aos
pedidos de extradição italianos, assim como aos ligados
aos terroristas bascos do
ETA, que costumavam se esconder lá.
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