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Justiça dá vitória à PDVSA em disputa contra Exxon
Com decisão, US$ 12 bi em ativos externos da estatal venezuelana são descongelados
Vitória acontece em meio à queda de popularidade de Hugo Chávez; seu governo só é apoiado por 34% dos venezuelanos, diz pesquisa
Edwin Montilva/Reuters
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Ministro da Energia venezuelano, Rafael Ramírez, festeja |
DA REUTERS
Em meio à queda de sua popularidade, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, obteve
ontem uma importante vitória
com a decisão de um juiz britânico de anular um mandato judicial, lançado a pedido da petroleira americana Exxon Mobil, que mantinha congelados
US$ 12 bilhões em ativos externos da companhia petroleira
estatal PDVSA (Petróleos de
Venezuela SA).
A batalha começou no ano
passado, quando Caracas decidiu recuperar o controle da exploração petrolífera na bacia do
rio Orinoco por meio da criação
de empresas mistas nas quais a
PDVSA teria pelo menos 60%
das ações. A Exxon Mobil, que
operava no país desde 1997, não
aceitou a indenização proposta
e recorreu à Justiça de vários
países.
Em janeiro, a Exxon, maior
grupo petroleiro do mundo,
convenceu um tribunal britânico a congelar parte dos ativos
da PDVSA para que o dinheiro
ficasse disponível, caso a empresa norte-americana obtivesse vitória na arbitragem sobre a perda de participação no
negócio na Venezuela.
Além da derrota judicial, a
Exxon -que não vai recorrer
da decisão- deverá pagar à
PDVSA despesas judiciais no
valor de US$ 760.000 em um
prazo de 21 dias.
Popularidade baixa
Mas o dia também trouxe
más notícias para Chávez. Pesquisa divulgada ontem revelou
que a popularidade do presidente atingiu o nível mais baixo
desde 2003, refletindo os efeitos do referendo no qual foi
derrotado, no fim de 2007, e a
incapacidade do governo em
resolver problemas como violência e crise de abastecimento.
Segundo dados do instituto
Datos, o governo de Chávez
tem hoje o apoio de 34% da população -9 pontos a menos do
que no fim do ano passado.
Só 25% dos entrevistados
consideram o governo de Chávez "positivo" ou "muito positivo", e 43% o avaliam como "negativo" ou "muito negativo".
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