São Paulo, quarta-feira, 19 de março de 2008

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Justiça dá vitória à PDVSA em disputa contra Exxon

Com decisão, US$ 12 bi em ativos externos da estatal venezuelana são descongelados

Vitória acontece em meio à queda de popularidade de Hugo Chávez; seu governo só é apoiado por 34% dos venezuelanos, diz pesquisa

Edwin Montilva/Reuters
Ministro da Energia venezuelano, Rafael Ramírez, festeja


DA REUTERS

Em meio à queda de sua popularidade, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, obteve ontem uma importante vitória com a decisão de um juiz britânico de anular um mandato judicial, lançado a pedido da petroleira americana Exxon Mobil, que mantinha congelados US$ 12 bilhões em ativos externos da companhia petroleira estatal PDVSA (Petróleos de Venezuela SA).
A batalha começou no ano passado, quando Caracas decidiu recuperar o controle da exploração petrolífera na bacia do rio Orinoco por meio da criação de empresas mistas nas quais a PDVSA teria pelo menos 60% das ações. A Exxon Mobil, que operava no país desde 1997, não aceitou a indenização proposta e recorreu à Justiça de vários países.
Em janeiro, a Exxon, maior grupo petroleiro do mundo, convenceu um tribunal britânico a congelar parte dos ativos da PDVSA para que o dinheiro ficasse disponível, caso a empresa norte-americana obtivesse vitória na arbitragem sobre a perda de participação no negócio na Venezuela.
Além da derrota judicial, a Exxon -que não vai recorrer da decisão- deverá pagar à PDVSA despesas judiciais no valor de US$ 760.000 em um prazo de 21 dias.

Popularidade baixa
Mas o dia também trouxe más notícias para Chávez. Pesquisa divulgada ontem revelou que a popularidade do presidente atingiu o nível mais baixo desde 2003, refletindo os efeitos do referendo no qual foi derrotado, no fim de 2007, e a incapacidade do governo em resolver problemas como violência e crise de abastecimento.
Segundo dados do instituto Datos, o governo de Chávez tem hoje o apoio de 34% da população -9 pontos a menos do que no fim do ano passado.
Só 25% dos entrevistados consideram o governo de Chávez "positivo" ou "muito positivo", e 43% o avaliam como "negativo" ou "muito negativo".


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