São Paulo, quinta-feira, 19 de março de 2009

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Casa Branca nomeia enviado ao Sudão, prioridade na África

DA REDAÇÃO

O presidente americano, Barack Obama, nomeou o general reformado Scott Gration seu enviado especial para o Sudão, primeiro país a ter o chefe de Estado em exercício processado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). "O Sudão será uma prioridade deste governo", disse Obama. A indicação de Gration, americano criado na África, atende à pressão de ativistas pró-Darfur nos EUA.
O governo sudanês respondeu à iniciativa afirmando que "espera um diálogo construtivo e negociações normais com os EUA". As tensões entre Washington e Cartum, alvo de sanções americanas desde 1997 sob acusação de apoio ao terrorismo, antecedem o conflito de Darfur (oeste do país), estopim do cerco internacional ao ditador Omar al Bashir.
Só a partir de 2003, porém, com a ofensiva a Darfur -onde milícias árabes apoiadas pelo governo enfrentam tribos locais-, o Sudão virou tema de debate público nos EUA.
A violações de Darfur levaram o TPI a decretar, no início deste mês, a prisão de Bashir, agravando a polarização no Sudão. Cartum retaliou expulsando 13 ONGs acusadas de colaborar com a corte criminal da ONU, medida que afeta mais de 2 milhões de sudaneses.
Pária na maior parte do Ocidente, o governo sudanês conta com razoável apoio no continente africano, com o endosso de nações árabes e da China, principal compradora do petróleo sudanês. Na ONU, o Brasil se absteve de condenar o Sudão por violações em Darfur.


Com agências internacionais

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