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Governistas se opõem a lei de delação de ilegais na Itália
DA EFE
Cem deputados da base governista italiana pediram ontem ao premiê Silvio Berlusconi que não submeta a votação o
projeto de lei que permite a médicos delatar pacientes estrangeiros em condição irregular no
país. O texto, que altera ainda
outros pontos da legislação sobre imigração, foi aprovado no
Senado no início de fevereiro.
Se aprovado na Câmara dos
Deputados (com 630 integrantes) sem alterações em relação
ao Senado, o projeto vira lei.
"Diz-se que a lei não obrigará
o médico a denunciar imigrantes clandestinos que recorram
a centros de saúde, mas não é
assim", dizem em nota os deputados. Segundo eles, profissionais que não o fizerem poderão
ser enquadrados em dois artigos do Código Penal que punem a omissão de denúncia por
parte de funcionários públicos.
O projeto de lei, apresentado
pela direitista Liga Norte, prevê
também que imigrantes ilegais
que permaneçam na Itália após
ordem de deixar o país ficarão
sujeitos a até quatro anos de
prisão e que cidadãos criem
grupos para patrulhar ruas e
denunciar ameaças à segurança. O porte de armas pelas "rondas" foi derrubado no Senado.
Os parlamentares, do governista Povo da Liberdade, dizem
que a lei desrespeita os "direitos humanos mais elementares, sobretudo os da infância e
da maternidade". A medida sofreu também forte resistência
entre opositores de Berlusconi
e entidades médicas. O temor é
que a medida afaste os imigrantes do sistema de saúde.
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