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Rice confirma que plano contra Iraque é de 2001
DA REDAÇÃO
A assessora de Segurança
Nacional dos EUA, Condoleezza Rice, confirmou ontem que
o presidente George W. Bush
solicitou um plano militar sobre o Iraque durante a invasão
do Afeganistão em 2001, mas
afirmou que o objetivo era derrotar a milícia Taleban.
"O presidente aparentemente conversou com Donald
Rumsfeld [secretário de Defesa] e lhe disse: "Preciso saber
quais seriam minhas opções
em relação ao Iraque'", disse
Rice à cadeia de TV Fox News,
em meio à nova polêmica sobre
a fixação de Bush com o Iraque.
O imbróglio é produto do novo livro "Plano de Ataque" do
jornalista do "Washington
Post" Bob Woodward -o
mesmo repórter do caso Watergate. No volume, Woodward ressalta o fato de que o
presidente Bush começou a
pensar em invadir o Iraque
pouco após o 11 de Setembro.
"No fim de novembro [de
2001], as coisas começaram a se
acalmar no Afeganistão, e acredito que o presidente começou
a pensar no que mais poderia
ser feito para enfrentar a ameaça resultante do 11 de Setembro", disse Rice. A assessora
afirmou que essa idéia era parte
de uma avaliação para ter uma
idéia mais ampla sobre os possíveis inimigos dos EUA e não
de uma decisão pré-determinada de lançar uma operação
militar para derrotar Saddam.
No livro, que chega às livrarias nesta semana, relata-se
que, em 21 de novembro de
2001, quando as tropas americanas estavam havia pouco no
Afeganistão, Bush se reuniu
com o chefe do Pentágono e lhe
pediu que "começasse a olhar"
o Iraque. Bush sugeriu a Rumsfeld que fossem estabelecidos
possíveis vínculos entre Bagdá
e o 11 de Setembro sem que fosse "terrivelmente evidente".
Sexta-feira, Bush foi indagado sobre essa reunião e contestou. Disse não poder se lembrar das datas exatas "de tanto
tempo atrás".
Segundo Woodward, o presidente estava preocupado com
as conseqüências do vazamento do caso, que causaria "enorme confusão internacional e
especulações" e, por isso, evitou comentar até com sua assessora de segurança e com o
diretor da CIA, George Tenet.
Rice afirmou que não era segredo que "Saddam Hussein e
o Iraque representavam a relação mais hostil que tínhamos
no Oriente Médio". Sobre o arsenal químico e biológico não
encontrado, Rice disse que
"havia um programa ativo" de
armas proibidas e que Bagdá tinha histórico de uso.
Com agências internacionais
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