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EUA perdem mais dez soldados em combate
DA REDAÇÃO
O saldo de militares americanos
mortos no Iraque desde que o
país foi invadido, em 20 de março
de 2003, chegou a 700 com a morte de dez soldados em confrontos
com a insurgência e de outros
dois em acidentes, entre sábado à
noite e ontem. Abril está sendo o
mês mais sangrento desde o
anúncio do fim dos principais
confrontos, há quase um ano.
A coalizão ocupante se vê diante
de uma campanha de seqüestros
de estrangeiros para forçar sua retirada, do levante da milícia do
clérigo radical xiita Moqtada al
Sadr, em Najaf (sul), e da intensificação dos conflitos em Fallujah,
bastião sunita a oeste de Bagdá.
O resultado é o êxodo de estrangeiros trabalhando na reconstrução, a reavaliação da manutenção
das tropas por alguns aliados, como Portugal, e o surgimento de
dúvidas sobre a transição política,
que começa em 30 de junho, com
a extinção da Autoridade Provisória da Coalizão e a criação de
um governo interino iraquiano.
Ante o quadro, o diplomata
americano Paul Bremer, que chefia a APC, voltou a dizer que a polícia e o Exército iraquianos não
terão como lidar com a ameaça
representada pelos insurgentes
-o que significa que a presença
militar americana deve continuar
forte pelos próximos meses.
No incidente mais grave de ontem, cinco marines americanos
foram mortos perto da fronteira
com a Síria, quando sua patrulha
foi emboscada e entrou em confronto com cerca de 150 insurgentes na cidade de Husaybah -30
dos quais foram mortos. A região
teve a guarda recentemente reforçada pelos EUA por ser considerada uma porta para terroristas.
Um ataque a outro comboio dos
EUA, em Diwaniyah (sul), resultou na morte de mais três soldados americanos. Outro morreu
em um tiroteio, e o décimo foi vítima de uma mina terrestre.
A coalizão tenta negociar uma
trégua em Fallujah, onde mais de
600 iraquianos foram mortos neste mês. Em Najaf, Al Sadr declarou dois dias de cessar-fogo, e a situação local está mais calma.
Cerca de 15 estrangeiros seguem
em poder de seqüestradores.
O chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas dos EUA, general Richard Myers, enfatizou a posição americana de não negociar.
Nove americanos estão desaparecidos, sete deles civis.
O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, recebeu o chanceler do Irã,
Kamal Kharrazi, a quem pediu
ajuda para negociar a libertação
de três italianos. Na quarta-feira,
Fabrizio Quattrocchi, capturado
com o mesmo grupo, foi morto.
Com agências internacionais
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