São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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CRISE NO ZIMBÁBUE

África do Sul impede envio de armas chinesas para Mugabe

DA REDAÇÃO

Após a recusa do sindicato de trabalhadores de transporte da África do Sul em descarregá-lo, o navio chinês An Yue Jiang, que leva armas vendidas ao Zimbábue, deixou o porto de Durban com destino a Moçambique ontem. A presença do navio pressionou o governo sul-africano a endurecer contra o vizinho devido a temores de que as armas seriam usadas contra civis e opositores.
Três semanas após a votação presidencial do último dia 29 no Zimbábue, a comissão eleitoral ainda não divulgou os resultados. A oposição afirma que ganhou a eleição e acusa o ditador Robert Mugabe, no poder há 28 anos, de golpe e fraude.
Além da recusa dos trabalhadores sul-africanos em levar as armas até o vizinho, um tribunal em Durban proibiu, a pedido de ONGs, a movimentação das armas do navio. Antes que ela pudesse ser aplicada, a embarcação deixou o porto.
Ainda ontem, Mugabe acusou Londres de querer impor novamente seu controle sobre o país. O ditador, que foi um herói da luta pela independência do Reino Unido, em 1980, afirmou que o país "nunca mais será uma colônia". "Jamais desistiremos", disse, em discurso em Harare a 15 mil simpatizantes, nas celebrações do aniversário da independência. "A oposição quer que voltemos para as mãos dos brancos. Isso nunca vai acontecer."


Com agências internacionais


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