São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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Presença da dirigente indonésia causa tensão

DA REPORTAGEM LOCAL

A independência de Timor Leste será acompanhada por representantes de cerca de 80 países em Dili, capital do novo país. Será o 191º Estado com assento na Organização das Nações Unidas.
As autoridades da ilha esperam até 100 mil pessoas em cerimônias por todo o país.
A grande expectativa era com relação à presença da presidente da Indonésia, Megawati Sukarnoputri, na cerimônia.
Megawati foi uma crítica loquaz do plebiscito que resultou na independência do país.
Mesmo após chegar à Presidência, não escondeu a frieza no relacionamento com o país vizinho. Há duas semanas, no entanto, após um apelo pessoal do presidente eleito de Timor, Xanana Gusmão, ela decidiu comparecer.
Antes de ela chegar ao novo país, porém, o governo indonésio enviou seis navios de guerra à região, causando apreensão nos timorenses.
Já a delegação norte-americana será liderada pelo ex-presidente Bill Clinton.
O Brasil será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer. Também irá o líder do PPS na Câmara, João Herrmann (SP).
"Por nossa herança colonial comum, Timor Leste pode ser uma base geopolítica para o Brasil na região do Pacífico", declarou Herrmann.
O Brasil enviou cerca de 200 servidores para o esforço de reconstrução do país, principalmente nas áreas de educação, assistência social e apoio militar.
O servidor mais graduado é Sérgio Vieira de Mello, o responsável pela administração transitória da ilha durante o processo de construção de sua estrutura.
Após finalizar seu trabalho em Timor, ele retoma a carreira nas Nações Unidas. Segundo o jornal suíço "Tribuna de Genebra", Vieira de Mello é favorito para suceder à irlandesa Mary Robinson na direção do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.


Com agências internacionais


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