|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA dispensam
seu principal
informante
DA REDAÇÃO
O governo americano decidiu
suspender o envio de US$ 340 mil
mensais ao Congresso Nacional
Iraquiano, grupo liderado por
Ahmad Chalabi e que fazia oposição no exílio ao ditador deposto
Saddam Hussein.
Chalabi, um empresário xiita
que deixou às pressas a Jordânia
em 1992, para não ser preso por
falência fraudulenta de um banco
que controlava, foi um dos principais informantes de Washington
nos meses que precederam a invasão do Iraque.
Os EUA hoje consideram que as
informações por ele transmitidas
eram propositalmente exageradas para apressar a guerra e fazer
crer que os soldados americanos
seriam recebidos amistosamente
como libertadores.
Ele ainda teria indicado aos
americanos a localização de depósitos de armas bacteriológicas
que, na verdade, nunca existiram.
Suas boas relações com o secretário da Defesa dos EUA, Donald
Rumsfeld, e com seu vice, Paul
Wolfowitz, levaram-no a ser levado mais a sério que informes da
CIA, cautelosos quanto à existência de armas de destruição em
massa. Segundo o "New York Times", os EUA deram a Chalabi e a
seu grupo US$ 27 milhões ao todo. O último pagamento mensal
foi feito agora em maio.
Chalabi foi freqüentemente citado no ano passado por informantes anônimos do Pentágono,
como nome capaz de governar o
Iraque redemocratizado.
Wolfowitz disse, em depoimento a uma das comissões do Congresso, que a suspensão da ajuda
financeira a Chalabi "foi uma decisão tomada em razão do processo de transferência da soberania
ao povo iraquiano".
Consultado sobre as acusações
levantadas contra seu dirigente,
um porta-voz do Congresso Nacional Iraquiano disse que as informações de Chalabi permitiram
capturar 1.500 insurgentes, seguidores do ditador deposto.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Escândalo: Começa hoje julgamento por tortura Próximo Texto: Panorâmica - Pena de morte: Governador não intervém e preso é executado no Texas Índice
|