São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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ARGÉLIA

Presidente conserva maioria parlamentar após a eleição

DA REDAÇÃO

Os três partidos da coalizão presidencial argelina mantiveram a maioria de 249 das 389 cadeiras do Parlamento nas eleições de anteontem, marcadas pela forte abstenção de 36,5% dos 18,7 milhões de eleitores.
A FLN (Frente de Libertação Nacional), que já foi o partido único, perdeu 38 cadeiras e elegeu 136, segundo os números do Ministério do Interior. A União Nacional Democrática (liberal) e o Movimento da Sociedade da Paz (islâmico), ambos governistas, obtiveram cada um 14 cadeiras a mais que em 2002 e elegeram, respectivamente, 61 e 52 deputados.
A grande surpresa foi o resultado da esquerda radical, representada pelo Partido dos Trabalhadores, que elegeu 26 deputados e se tornou a principal força da oposição.
O partido radical islâmico El Islah foi o grande derrotado pelas urnas. Em comparação às 40 cadeiras obtidas há cinco anos, elegeu desta vez apenas três deputados.
O resultado reconforta politicamente o presidente Abdelaziz Bouteflika, interessado em continuar a opor a normalidade institucional ao extremismo islâmico, que há apenas cinco semanas matou mais de 30 com a explosão de duas poderosas bombas -uma delas no edifício que abriga a chefia do governo.
A Argélia tem um histórico eleitoral conturbado, desde que as eleições legislativas de 1992 foram interrompidas pelo Exército entre os dois turnos, para evitar a vitória da Frente de Salvação Islâmica, hoje colocada na clandestinidade e em grande parte responsável pelos anos de Guerra Civil que mataram estimadas 200 mil pessoas.


Com agências internacionais


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