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ARGÉLIA
Presidente conserva maioria parlamentar após a eleição
DA REDAÇÃO
Os três partidos da coalizão presidencial argelina
mantiveram a maioria de
249 das 389 cadeiras do Parlamento nas eleições de anteontem, marcadas pela forte abstenção de 36,5% dos
18,7 milhões de eleitores.
A FLN (Frente de Libertação Nacional), que já foi o
partido único, perdeu 38 cadeiras e elegeu 136, segundo
os números do Ministério do
Interior. A União Nacional
Democrática (liberal) e o
Movimento da Sociedade da
Paz (islâmico), ambos governistas, obtiveram cada um 14
cadeiras a mais que em 2002
e elegeram, respectivamente, 61 e 52 deputados.
A grande surpresa foi o resultado da esquerda radical,
representada pelo Partido
dos Trabalhadores, que elegeu 26 deputados e se tornou
a principal força da oposição.
O partido radical islâmico
El Islah foi o grande derrotado pelas urnas. Em comparação às 40 cadeiras obtidas há
cinco anos, elegeu desta vez
apenas três deputados.
O resultado reconforta politicamente o presidente Abdelaziz Bouteflika, interessado em continuar a opor a
normalidade institucional ao
extremismo islâmico, que há
apenas cinco semanas matou
mais de 30 com a explosão de
duas poderosas bombas
-uma delas no edifício que
abriga a chefia do governo.
A Argélia tem um histórico
eleitoral conturbado, desde
que as eleições legislativas de
1992 foram interrompidas
pelo Exército entre os dois
turnos, para evitar a vitória
da Frente de Salvação Islâmica, hoje colocada na clandestinidade e em grande parte responsável pelos anos de
Guerra Civil que mataram
estimadas 200 mil pessoas.
Com agências internacionais
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