DA REDAÇÃO

A Corte Suprema da Bolívia determinou ontem a prisão de seis ex-ministros do governo do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada (2002-2003) que se encontram nos EUA, no Peru e na Espanha, para que possam ser julgados no país.
Eles são acusados de ter responsabilidade na morte de mais de 60 pessoas -entre cerca de 400 feridos-, vítimas da repressão policial durante uma onda de protestos sociais ocorrida no país em 2003.
Dos 17 acusados pela Justiça boliviana nesse caso, 9 se encontram foragidos, entre eles o próprio presidente.
O governo da Bolívia já havia pedido aos EUA, há dois anos, a extradição de Sánchez de Lozada. O ex-dirigente fugiu para os Estados Unidos em outubro de 2003, abandonando a Presidência, após a eclosão de violentos protestos contra as medidas altamente impopulares de seu governo, como a criação de um imposto extra sobre salários.
Foram pedidas, ontem, as prisões dos ex-ministros do Desenvolvimento, da Participação Popular, da Saúde, da Agricultura, da Educação e do Governo.