São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 2008

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BACHELET SOB PRESSÃO

Chile detém 292 em protesto contra nova lei de ensino

Victor Rojas Ruiz/France Press
Estudantes entram em choque com a polícia em Santiago

DA REDAÇÃO

Milhares de professores e estudantes chilenos saíram às ruas ontem em protestos em vários pontos do país contra a Lei Geral de Educação (LGE), que deverá ser votada hoje pela Câmara dos Deputados. Em Santiago, cerca de 2.000 estudantes marcharam pelas principais avenidas, pedindo que a lei não fosse votada, mas revista. A polícia jogou gás lacrimogêneo e os manifestantes revidaram atirando pedras e paus; 292 foram presos.
Em Valparaíso -sede do Congresso chileno, que ontem iniciou a discussão da LGE-10 mil professores protestaram pacificamente.
Para hoje, os organizadores prometem mais pressão, com 20 mil manifestantes na cidade costeira.
O governo, porém, arquiteta um acordo com a oposição para aprovar a LGE e levá-la ao Senado. Para aplacar os ânimos populares, a presidente Michelle Bachelet anunciaria hoje outro projeto de lei sobre a educação pública, a ser redigido até julho.
Há semanas, estudantes e professores fazem mobilizações contra a LGE, criada para substituir a Loce - que na ditadura de Pinochet (1973-1990) municipalizou a escola pública e instituiu subsídios do governo a colégios particulares, privilegiando a educação privada.
Eles pedem participação na discussão e parte fixa das receitas da mineração de cobre -principal atividade econômica do país- para financiar as escolas públicas.


Com agências internacionais.


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